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A Estação das Estrelas – parte 4 de 4

Para finalizar nossa série, trago uma das fotografias que mais gosto, dois momentos em particular nessa foto foram muito significativos para mim. O primeiro foi no dia em que fiz a foto, foi meu primeiro acampamento sozinho depois de muito tempo sem acampar e para piorar foi um camping selvagem (sem estrutura nenhuma). Mas foi ai que comecei a fazer vídeos para o YouTube e fotografar mais o que realmente amo. E o segundo momento foi quando aprendi as técnicas de pós processamento que uso hoje em dia, parece algo simples, mas foram essas técnicas que me fizeram ver a fotografia com outros olhos. Quem viu o vídeo desse acampamento pode perceber a minha evolução na edição.

Esse dia foi complicado, cheguei atrasado no local do acampamento, tinha combinado com meu irmão de irmos juntos e de ultima hora ele não pode ir, e o sol já havia se posto. A trilha até onde eu iria acampar tinha aproximadamente 1 quilômetro, desci correndo e já armei acampamento. Quando fui preparar o jantar me lembrei de que quem levaria a comida era meu irmão, minha sorte é que sempre levo uma reserva de emergência, que no caso era um pouco de arroz sem nenhum tempero, só arroz e água. No começo da noite o céu estava bem fechado de nuvens, resolvi tentar dormir um pouco, mas fazia muito tempo que não dormia no mato, muitos barulhos me perturbavam, ouvia muitos animais e a barraca não parava de balançar com o vento. Depois de algum tempo sai para ir ao “banheiro” e percebi que o céu estava limpo, mesmo muito distraído dadas as circunstâncias, pensei em fazer uma foto da barraca. Como aqui na região tem muita “poluição” das luzes das cidades, ao redor não dava pra ver a faixa de estrelas que indicam onde está a via láctea. Montei o tripé e quando fiz a primeira foto vi que por sorte ela estava lá, então enquadrei melhor a foto e usei uma técnica que não sabia se daria certo, chamada Ligth Painting, que consiste basicamente de “pintar” com um lanterna, durante a longa exposição, o que você quer que apareça na fotografia, que no caso foi a grama e a barraca.

Essa foto representa muito para mim, olho sempre pra ela e sinto a mesma liberdade e alegria que senti quando a fotografei. Desde então a fotografia tem me levado a lugares incríveis e mais que isso, tem me trazido ensinamentos que tenho certeza que levarei para toda a vida.

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Filippo Ferrari


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