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Jejum intermitente

Existem diversos protocolos aplicados nos estudos experimentais do jejum intermitente, desde redução calórica extremamente baixa, até períodos de jejum entre 12 e 24 horas. Mas não existe homogeneidade de protocolo para o jejum intermitente, e por isso é que se torna tão difícil a comparação entre os estudos já feitos. Além disso, todos os estudos encontrados são em curto prazo, o que não nos mostra como o jejum pode afetar o organismo ao longo dos anos.

O “jejum intermitente” tem sua origem, pelo fato de que em outras eras, os seres humanos não possuíam toda a oferta de alimentos como nos dias hoje e, portanto, passava por longos períodos de jejum entre uma caça/ coleta e outra. A partir daí, o que a teoria nos diz é que nosso organismo ainda é adaptado para isso, e com a grande oferta de alimentos de hoje em dia, temos todo esse excesso, provocando tantas doenças crônicas não transmissíveis, como a obesidade. Além disso, há também culturas e religiões adeptas ao jejum, como budismo, islamismo, entre outros.

Mas para isso, é preciso a intervenção de um nutricionista, para adequar o aporte correto dos nutrientes, não permitindo que o jejum afete a boa qualidade da dieta. Realizando apenas uma ou duas refeições diárias, fica difícil seguir as “leis da alimentação” (quantidade, qualidade, harmonia e adequação), pois fica muito complicado colocar em prática, por exemplo, a variedade de alimentos. Grande parte dos pacientes que passam pelo jejum intermitente se queixam de dores de cabeça, fome excessiva, falta de energia, cansaço, dificuldade de concentração e raciocínio, calafrios, constipação e mau humor. Estudos ainda apontam para aumento da pressão arterial, aumento do colesterol LDL-C, intolerância à glicose e redução da sensibilidade à insulina, além de prejuízo para as células beta do pâncreas.

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A perda de peso, em geral, promove melhora do metabolismo, reduzindo inflamação sistêmica e, portanto, o risco de doenças crônicas não transmissíveis. Com isso, os efeitos benéficos observados no jejum intermitente não podem ser atribuídos a ele necessariamente, e sim à perda de peso que ele causa, mas sabemos que a perda de peso pode ser obtida de diversas outras maneiras.

O jejum intermitente não pode ser realizado com qualquer indivíduo, não sendo indicado para gestantes e lactante, indivíduos abaixo do peso, indivíduos com alguma doença crônica e, no caso dos diabéticos, é necessária monitoração constante da glicemia, que pode aumentar ou diminuir de maneira indesejada com muita facilidade. Portanto muito cuidado e, o mais importante: procure um profissional capacitado para orientação!


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