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Candidatos de São Paulo pegam carona no auxílio e prometem benefício local


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Russomano e Fidelix
Reprodução YouTube dos candidatos

Celso Russomano e Levy Fidelix, candidatos à prefeitura de São Paulo, prometem criar um auxílio emergencial municipal

Depois da alta na  popularidade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com o auxílio emergencial,  candidatos à prefeitura de São Paulo colocam a renda mínima na lista de propostas. Entre eles, Celso Russomano (Republicanos) e Levy Fidelix (PRTB) já prometem criar um auxílio paulistano.

Em evento no sindicato de trabalhadores de aplicativos do Estado de São Paulo na terça-feira (29), Russomano afimou que planeja um auxílio emergencial municipal. “Estamos estudando um auxílio paulistano, que seria um complemento ao que o governo federal está fazendo”, disse o candidato.

Russomano também reivindicou parte da autoria do auxílio emergencial federal para si, afirmando que a ideia saiu de uma conversa que teve com Bolsonaro no início da pandemia. “Eu disse: ‘Presidente, nós corremos o risco grave de as pessoas começarem a buscar os estabelecimentos comerciais para buscar alimento, porque eles não têm alimento, eles não têm o que comer’. E dessa discussão saiu o auxílio emergencial”, afirmou o atual deputado federal.

Já o candidato  Levy Fidelix, do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro, disse durante  live do iG  que pensa em um projeto de renda mínima paulistano. Ao ser perguntado sobre a assistência social por conta da crise da pandemia, Fidelix disse que criaria um banco paulistano em que colocaria os ativos do município, e que isso bancaria um auxílio local.

“É chegada a hora, sim, de colaborar e ajudar a população uma vez mais. Eu socorreria do meu tesouro, tendo este banco de investimentos internacional que quero constituir. Nós teremos recursos para um programa próprio para socorrer essa população que não tem emprego mínimo, não tem como produzir, e fazer um programa social padrão Bolsa Família – não teria esse nome, quem sabe ‘São Paulo Para Todos Nós’, vou até criar um nome agora aqui, onde daríamos apoio mínimo de sobrevivência às pessoas. Nós teríamos dinheiro sobrando no caixa”, afirmou o candidato que é apoiado pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB).

Popularidade de Bolsonaro

Em pesquisas, a  alta na popularidade do presidente Jair Bolsonaro  tem sido relacionada à criação do auxílio emergencial. Apesar de ter inicialmente proposto o auxílio em R$ 200, após pressão do Congresso a renda emergencial foi fechada no valor de R$ 600 pelo presidente. 

No entanto, com a prorrogação até o mês dezembro em R$ 300, Bolsonaro mudou o tom, incentivando a população à volta ao trabalho e afirmando que o auxílio é “caro para quem paga”. 

O Ministério da Economia, de Paulo Guedes, tem tido atritos com o presidente. Por um lado, Bolsonaro entende que as medidas sociais como o auxílio emergencial e o Bolsa Família – que será chamado de  Renda Cidadã – dão popularidade ao governo, atendendo às demandas da população de baixa renda no momento de crise. Por outro, Guedes tenta conter os gastos na criação de programas sociais, propondo, por vezes,  medidas impopulares – como o congelamento de aposentadorias, vazado à imprensa por seu secretário, Waldery Rodrigues.

Alguns municípios brasileiros já têm auxílio municipal 

Como mostrou reportagem do iG no mês de julho, alguns  municípios pelo Brasil já criaram auxílios emergenciais municipais, usando orçamento local. É possível descobrir se sua cidade oferece a renda emergencial acessando os sites das prefeituras. Alguns exemplos de cidades com auxílio emergencial municipal são Vitória (ES), Altamira (PA) e Lorena (SP).


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