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Google é processado nos EUA por monopólio das buscas; entenda


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Olhar Digital

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Unsplash/Kai Wenzel

Google é processado nos EUA

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos processou o Google nesta terça-feira (20) por práticas antitruste. A empresa é acusada de ter um monopólio injusto sobre publicidade relacionadas a pesquisas.

Além disso, o órgão discorda dos termos em torno do Android , que força os fabricantes de smartphones a pré-carregar aplicativos e definir o Google como mecanismo padrão de busca, impedindo de empresas rivais ganhem espaço e aumentando a quantia que recebe por publicidade em pesquisas.

“O Google paga bilhões de dólares a cada ano a distribuidores para garantir o status do seu mecanismo de busca e, em muitos casos, para proibir especificamente as contrapartes do Google de negociar com concorrentes”, afirma o processo.

Entre os distribuidores, o Departamento de Justiça destaca fabricantes de smartphones (Apple, LG, Motorola e Samsung), operadoras sem fio dos EUA (AT&T, T-Mobile e Verizon) e desenvolvedores de navegadores (Mozilla, Opera e UCWeb).

As possíveis punições ainda serão discutidas e não foram sugeridas pelo departamento. Muitas opções devem ser analisadas, como multas, restrições aos negócios movidos a publicidade ou dividir serviços e produtos em negócios separados. As duas últimas possibilidades ainda poderiam ajudar concorrentes a buscar clientes. No entanto, é possível que se leve anos até que cheguem a um veredito.

Outras investigações

Esta investigação está longe de ser a primeira sobre práticas antitruste que o Google esteve envolvido. Em 2011, a Federal Trade Commission lançou uma análise semelhante, mas desistiu anos depois após acordo com a empresa. A União Europeia já iniciou várias investigações sobre monopólio ilegal contra a gigante de busca, e as multas emitidas totalizam mais de US$ 9,6 bilhões. O Google contestou todas elas.

Além disso, no início do ano, o CEO da empresa, Sundar Pichai , participou da audiência antitruste organizada pelo Subcomitê Antitruste da Câmara Judiciária. Além dele, representantes da Amazon , Apple e Facebook foram convidados. Na ocasião, foi recomendado que as quatro empresas fossem divididas em negócios menores, o que foi prontamente negado pelas mesmas.

Repercussão

Após a abertura do processo, a empresa e concorrentes se manifestaram. Um porta-voz do próprio Google afirmou que o processo é falho, e que “as pessoas usam o Google porque querem”. Além disso, destacou que uma declaração mais completa deve ser divulgada na quarta-feira (21).

Já Gabriel Weinberg, CEO do DuckDuckGo , postou no Twitter que está satisfeito com “este passo fundamental para responsabilizar o Google pelas formas como bloqueou a concorrência”.


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