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Empresários iniciam 2021 cautelosos com a retração comercial, diz FecomercioSP


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Brasil Econômico

Cliente em fila em frente a uma loja em São Paulo, aguardando para entrar
Amanda Perobelli / Reuters

O crescimento do comércio paulista começou em junho e teve seu ápice em dezembro com o afrouxamento das medidas de isolamento social

Após sete meses seguidos de alta, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio ( ICEC ) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo ( FecomercioSP ) voltou a cair entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021. O índice teve uma queda de 2,7% e fechará o primeiro mês do ano aos 98,2 pontos – abaixo do patamar dos cem pontos, como estava em outubro, e gerou incerteza comercial .

Apesar da retomada do comércio paulista e do início da vacinação em todo Brasil, os investidores estão muito menos esperançosos do que estavam no começo do ano passado. Em janeiro de 2020, o ICEC estava 20,3% maior, marcando 123,2 pontos.

Gráfico de linhas
Reprodução / FecomercioSP

Os número mais recentes do índice de FecomercioSP, apresentados em 21/01/2021

A queda se deve ao movimento negativo do Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), um dos três que compõem o ICEC. O ICAEC é um termômetro das condições momentâneas dos seus negócios e do ambiente econômico. Nele, a variação foi para baixo em 2,6%, chegando aos 66,7 pontos em janeiro. 

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O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (Ieec), que é responsável por mensurar as tendências do setor, também teve queda neste mês, com retração de 5,1%. O número foi de 144 pontos em dezembro para 136,7 em janeiro.

Retomada na economia; queda nas vendas

A retração no crescimento do setor é um dos motivos do desânimo empresarial:  o mês de janeiro não pode contar com a gastança do consumidor depois de uma alta de 10% em novembro, quando as lojas estavam na expectativa das vendas da Black Friday e do Natal. Até então, o O Índice de Expansão do Comércio (IEC) registrava crescimentos consecutivos desde junho.

O indicador voltou a um patamar abaixo dos cem pontos em janeiro, fechando o mês em 98,2 pontos – queda de 2,7% em comparação a dezembro de 2020. Entre janeiro de 2020 e de 2021, a queda foi de 12,9%.

Gráfico de linhas da FecomercioSP
Reprodução / FecomercioSP

Segundo a organização, uma estratégia que pode dar bons resultados nesta época do ano é promover liquidações sobre produtos encalhados nos estoques.

O índice de Expectativas para Contratação de Funcionários e o de Nível de Investimento das Empresas tiveram queda de 5,1% e 0,2%, respectivamente. Os dois indicadores compõem o IEC. Este último registrou uma retração acentuada de 24,8% em comparação ao mesmo período em 2020.

Assim como os demais, o Índice de Estoques (IE) de janeiro caiu 0,8%, chegando a 100,4 pontos. Isso significa que o movimento dos produtos estocados caiu entre o fim do ano passado e o começo de 2021.

A federação sugere cautela visto que começos de ano geralmente são mais parados, e a pandemia é um agravante. Ainda assim, liquidações e descontos combinados são recomendáveis, diz a FecomercioSP.


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