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Diretora da Vigilância fala sobre o processo de imunização na CPI da Vacina em Rio Claro

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que apura suposta aplicação de vacina contra Covid-19 em vereadores, esteve reunida na tarde da última segunda-feira, dia 26, no Plenário da Câmara. Na oportunidade, a diretora de Vigilância em Saúde, Suzi Berbert apresentou relatório de vacinação e explicou como se dá o processo de imunização no município.

De acordo com os números apresentados pela Vigilância, mais de 54 mil vacinas foram aplicadas em Rio Claro até o momento. Ao ser questionada, Suzi Berbert, afirmou não ter conhecimento sobre a suposta vacinação investigada pela CPI.

A diretora assinalou que o processo de imunização segue regras estabelecidas pelo Plano Nacional e o Plano Estadual de Vacinação. Que todas as pessoas vacinadas são inseridas no sistema VaciVida através do número do CPF. “Se alguém utilizar documento de terceiro para ter acesso à vacinação, o proprietário do CPF ficará sem vacina posteriormente”, alertou Suzi ao exemplificar a rigidez de controle do sistema.

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Segundo ela, todos os profissionais que atuam na vacinação passaram por treinamentos e foram informados das penalidades caso ocorra algum problema no processo de aplicação. A multa, disse a diretora, é de R$ 800 para cada aplicação irregular e, caso a pessoa beneficiada seja servidor público, o valor é dobrado.

Indagada por vereadores, Suzi Berbert confirmou que ocorre descarte de vacinas por conta das seringas utilizadas. “Estamos utilizando seringas da Fundação Municipal de Saúde já que o governo não enviou número necessário para a realização do serviço”, disse a diretora. “As nossas seringas são de 5 ml e a dose da vacina contra a Covid-19 é de 0,5 ml. Muitas vezes, a profissional da Saúde puxa 0,6 ml devido à dificuldade de enxergar a dosagem na seringa de 5 ml. Com isso, do frasco que chega com material para 10 doses, as vezes são aproveitadas apenas nove”, detalhou.

Na parte final dos trabalhos, Suzi Berbert abordou a Xepa que é a vacinação no fim do expediente de doses que sobram nos frascos. Segundo ela, a ordem é não desperdiçar vacinas. “Muitas vezes, os profissionais de Saúde saem pelas ruas para encontrar pessoas com o intuito de fazer a vacinação”, afirma a diretora. “A orientação é para que a Xepa seja utilizada em pessoas acima de 60 anos ou que tenham alguma comorbidade. Mas, pode ocorrer que pessoas a partir de 18 anos tenham sito vacinadas nesta situação”, explicou.

A reunião foi coordenada pelo presidente da CPI da Vacina, Hernani Leonhardt (MDB). Participaram dos trabalhos o relator da comissão Adriano La Torre (Progressistas) e os vereadores: Alessandro Almeida (Podemos), Carol Gomes (Cidadania), Val Demarchi (DEM), Geraldo Voluntário (MDB), Luciano Bonsucesso (PL), Rafael Andreeta (PTB), Serginho Carnevale (DEM), Diego Gonzalez (PSD), Julinho Lopes (Progressistas), Thiago Yamamoto (PSD) e Sivaldo Faísca (MDB). Os demais vereadores foram representados por seus assessores. A comissão voltará a se reunir na próxima segunda-feira, 3 de maio.


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