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Idosa chega aos 105 anos e família comemora data centenária

O dia 10 de maio, além de muito carinho e gratidão, houve carreata no Trenzinho da Alegria e comemorar as duas doses da Coronavac

Iniciar uma reportagem tão saborosa é como embarcar na trilogia do filme De Volta para o Futuro e a bordo do místico Delorean e ao lado de Marty McFly (Michael J. Fox) e Dr. Emmett Brown (Christopher Lloyd) contar um pouco a saga da centenária dona de casa Cecília Ferreira dos Santos, uma simpática baiana que completou no dia 10 de maio, 105 anos de vida.

Ela reside no Jardim Pacaembu, em São Carlos (SP) e é matriarca de quatro gerações que promoveram uma festa bem diferente, mas obedecendo todos os protocolos de segurança, com direito a uma carreata de mais de 30 carros comandada pelo Trenzinho da Alegria e que ‘cortou’ várias ruas de São Carlos. O motivo de tanta felicidade, foi também comemorar as doses da vacina Coronavac a qual a ‘vó’ Cecília já se imunizou contra o SARS-CoV-2.

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Para compartilhar tamanha alegria, a porta-voz da família foi a neta Helena Maria de Almeida Silva, autônomo, 51 anos, casada com o comerciante Vanderlei Missão da Silva (52) e mãe de Matheus (24) e Thiago (20).

O INÍCIO

No dia 10 de maio de 1916, no povoado de Paratinga (Bahia), nascia Cecília. Filha de uma família humilde e trabalhadora, passou a infância e a adolescência em terras baianas e no início da década de 40 mudou-se para a zona rural da região de São Carlos. Constitui família e anos depois passou a morar na Vila Sônia e posteriormente no Jardim Pacaembu (em 1965), onde está até hoje.

Do casamento nasceram sete filhos, dos quais três estão vivos (Anadina, Aparecida e Dema). Ela é mamãe do já falecido radialista Ditinho dos Santos.

Matriarca da família Santos, ‘vó’ Cecília é responsável por cinco gerações, pois além de mãe, é ainda avó de oito netos nativos e outros cinco que ajudou a criar. Tem ainda 16 bisnetos e três tataranetos.

NA PANDEMIA

‘Vó’ Cecília integra o grupo de risco da Covid-19 e hoje está imunizada. Porém a neta Helena fez questão de dizer que vários cuidadores da família zelaram pela segurança da querida vovó. “Ela já tomou as duas doses, mas fazemos questão de protege-la a cada segundo. São vários familiares que paparicam a vovó 24 horas por dia”, disse, com brilho no olhar.

PRIVILÉGIO

Indagada sobre ter uma pessoa tão experiente na família e qual o legado que a ‘vó’ Cecília deixa para seus descendentes, a neta se emocionou.

“Somos herdeiros de uma família trabalhadora e simples. É um grande privilégio ter a nossa avó ao lado e com essa idade. Ela requer mais cuidados, mas fazemos isso com amor e carinho, além de muita admiração. É nosso dever protege-la de tudo. O legado que a ‘vó’ Cecília deixa é que vale a pena lutar e vencer na vida. Poder ter uma velhice cercada com muito carinho”, salientou.

É SÓ FELICIDADE

Reza a lenda que avó é mãe duas vezes. Então é necessário multiplicar a maternidade da ‘vó’ Cecília por três, já que possui até tataranetos. Além de parir sete filhos, soma-se mais 27 descendentes.

Assim, na segunda-feira, 10, quando chegou a tão marcante data, os familiares fizeram uma festa diferente: obedecendo todos os protocolos de segurança para evitar a propagação da Covid-19, realizaram uma carreata puxada pelo Trenzinho da Alegria, onde estava a ‘vó’ Cecília e os netinhos mais novos. Atrás, mais de 30 veículos com familiares e amigos e um momento de alegria única.

“Foi a forma que encontramos de reunir todos os familiares e amigos. Não pode haver aglomeração. Mas esta doença não impediu de estarmos pertinho da nossa amada avó”, disse Helena.

A carreata saiu da praça em frente ao estádio municipal Professor Luís Augusto de Oliveira, seguiu pela Avenida Sallum, Avenida Dr. Teixeira de Barros (Rua Larga) e deixou a ilustre ‘vó’ Cecília em frente à sua casa, no Jardim Pacaembu.

FÉ EM DEUS E MUITO TRABALHO

Com uma saúde perfeita, demonstrando muita vitalidade e lucidez. Agora teve o privilégio de poder conversar com a ‘vó’ Cecília. Questionada sobre a receita para se viver tanto, não titubeou.

“Muita fé em Deus (acima de tudo) e trabalho honesto para conseguir o que precisamos. Respeitar e ser respeitada”, sintetizou.

Indagada sobre a pandemia da Covid-19, a ‘vó’ foi otimista. “Ela vai embora logo. Mas todos tem que se cuidar”, alertou, salientando ser uma pessoa feliz e realizada. “Tudo que eu sonhei, consegui. Tenho uma linda família e saúde. Valeu todo o esforço que fiz até hoje, pois tenho uma família amada e amigos queridos. Deus me proporcionou muitas coisas boas e só tenho a agradecer a Ele por tudo que me concedeu”, finalizou a ‘vó’ Cecília.

Fonte: São Carlos Agora


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