Secretaria Estadual da Saúde informa que vai fazer mutirões para atender 530 mil pacientes, que esperam na fila de uma cirurgia eletiva, além de dobrar o valor pago pelas intervenções.

Saiba mais: Dona de casa espera há um ano por cirurgia para conseguir voltar a defecar, em Rio Claro

Um dia após o Grupo Rio Claro mostrar a história da dona de casa Josiane Fernanda Barbosa Vaz dos Santos de 34 anos, a paciente recebeu uma ligação da Fundação Municipal de Saúde a chamando para a realização de exames pré-operatórios no Hospital Regional, em Piracicaba, na manhã desta sexta-feira (1º), às 9h50.

Segundo Josiane, ela terá que fazer três exames – colonoscopia, trânsito colônico que permite avaliar a motilidade e manometria anorretal. “Na consulta foi indicada uma dieta e me explicaram que é uma cirurgia delicada, que posso ficar usando bolsinha, por isso será feita uma nova avaliação e a cirurgia será em último caso”, disse a dona de casa.

Há um ano, Josiane espera por uma cirurgia de colectomia, que vai ligar o intestino delgado direto ao reto, permitindo que volte a defecar, sem ter que recorrer a lavagens ou tomar remédios para dores. Josiene sofre de um quadro de constirpação crônica refratárea ao tratamento clínico, com inércia colônica e dolicocólon, o que significa que fica durante mais de uma semana sem conseguir esvaziar o intestino.

Após a consulta, a paciente diz que está mais animada, mas continua com muitas dores e mal-estar, mas que vai fazer os exames e a nova avaliação.

A Secretaria de Estado da Saúde enviou nova nota à redação do Grupo Rio Claro, que divulgamos na íntegra abaixo:
“A Secretaria de Estado da Saúde informa que o paciente J.F.B.V.S. tem consulta pré-operatória agendada no Hospital Regional de Piracicaba no dia 1º de julho. O paciente vem sendo atendido e terá o procedimento agendado após a realização das avaliações e exames pré-operatório.
Está em andamento em todo o Estado o Mutirão das Cirurgias, com objetivo de zerar uma demanda reprimida de mais de 530 mil procedimentos acumulados no período da pandemia. Os hospitais da rede estadual estão ofertando procedimentos extras e a pasta estadual está pagando o dobro da tabela SUS para a rede municipal, filantrópica e privada para a realização das cirurgias.