A Prefeitura de Natal anunciou a decretação de emergência em saúde pública devido ao aumento significativo de casos de dengue na cidade. Segundo informações do município, houve um aumento contínuo pela terceira semana consecutiva, configurando o atual quadro como uma epidemia.

Desde o início de 2024, a capital do Rio Grande do Norte registrou um total de 692 casos de arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, sendo 655 casos de dengue. Os demais registros incluem febre chikungunya e, em menor número, zika. Bairros como Pajuçara, Lagoa Azul, Redinha, Nossa Senhora da Apresentação e Igapó são os mais afetados.

O decreto de emergência, publicado no Diário Oficial do município neste sábado (2), terá validade por 90 dias. Durante esse período, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) terá maior flexibilidade para adotar medidas e direcionar recursos para atender às demandas de saúde pública.

Foi estabelecido um gabinete de crise para que os órgãos municipais atuem de forma integrada, estabelecendo metas, prioridades e estratégias de enfrentamento à epidemia. Algumas medidas já foram tomadas, como a distribuição de kits com repelentes para gestantes durante as consultas de pré-natal nas unidades básicas de saúde.

Além disso, cerca de 30 mil domicílios receberam visitas de agentes sanitários, que orientam sobre medidas de prevenção, como manter caixas d’água tampadas e eliminar recipientes que possam acumular água parada.

Outras pastas e órgãos, como a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) e a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Seinfra), também estão envolvidas nas ações de combate à dengue, intensificando a fiscalização e a limpeza de locais propícios à proliferação do mosquito.

Quanto à vacinação, Natal recebeu do Ministério da Saúde mais de 18,8 mil doses da vacina contra a dengue, que está sendo disponibilizada inicialmente para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. No entanto, a procura tem sido baixa, com apenas 4,8 mil doses aplicadas nos primeiros 15 dias. Uma estratégia planejada é realizar a vacinação nas escolas da rede municipal.

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