terça-feira, junho 24, 2025
InícioSaúdeEstudos alertam para consumo excessivo de álcool por jovens na pandemia

Estudos alertam para consumo excessivo de álcool por jovens na pandemia

FIQUE ATUALIZADO

Siga nosso canal do WhatsApp, ative o "sininho" e receba informações em tempo real ( clique aqui)


source
álcool
Reprodução: iG Minas Gerais

Consumo de bebidas alcóolicas aumentou entre jovens

Levantamentos realizados após o início da pandemia em diferentes países reforçam um alerta sobre a saúde mental e física de jovens e adolescentes. O consumo precoce e excessivo de álcool , que já preocupava profissionais de saúde, intensificou-se durante o período. 

De acordo com a Organização Panamericana de Saúde (OPAS), 35% dos entrevistados adultos, com idades entre 30 e 39 anos, aumentaram a frequência de consumo alcoólico em grandes quantidades. Entre adolescentes, porém, o risco é ainda maior: no Canadá, o percentual de jovens que consumiam álcool dentro de casa passou de 20,6% para 30,1% no período atual, indicando uma mudança de hábitos nociva especialmente na fase de desenvolvimento. 

De acordo com o psiquiatra e coordenador do Núcleo de Álcool e Drogas do Hospital Sírio-Libanês, Arthur Guerra, a realidade pode ser facilmente percebida no Brasil, onde quase 40% das crianças tem o primeiro contato com as bebidas desse tipo aos 13 anos, como aponta o Manual de Orientação sobre Bebidas Alcoólicas. 

Você viu?

“Os jovens têm deixado de lado um comportamento chamado de beber pesado episódico (BPE), que é o consumo nocivo de grande quantidade de álcool em uma única ocasião. Mas isso não é motivo para comemorar já que a frequência tem crescido em uma idade tão precoce”, destaca o profissional de saúde. 

Embora ofereça riscos à saúde de pessoas em qualquer idade, o consumo de bebidas alcoólicas é ainda mais prejudicial durante a adolescência já que, além da interferência nociva ao desenvolvimento cerebral, a fase é mais suscetível à  dependência , conforme mostra a pesquisa realizada pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), que aponta 22% dos jovens sob o risco de alcoolismo.  

O psiquiatra Arthur Guerra também destaca que os efeitos – mesmo os imediatos – do alcóol são prejudiciais à saúde mental , especialmente durante a pandemia. “Apesar de a maioria das pessoas atribuírem a sensação de relaxamento ao consumo de álcool, ele intensifica sentimentos como medo e ansiedade, além da depressão . Isso contribui de forma negativa para a saúde mental daqueles que estão cumprindo o distanciamento social, tornando tudo mais difícil”, finaliza.

Fonte: IG SAÚDE

RELACIONADOS

CATEGORIAS

últimas notícias