domingo, agosto 17, 2025
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Exposição de atabaques em Rio Claro exalta cultura afro-brasileira

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Exposição pode ser visitada até dia 30 de maio

O município de Rio Claro abriu nesta semana exposição de atabaques que exalta a cultura afro-brasileira, no Museu Amador Bueno da Veiga. A exposição faz parte do Projeto Omodé, com o apoio do governo estadual, governo federal e Secretaria Municipal da Cultura.

De acordo com Jéssica Martins, curadora e idealizadora do Projeto Omodé, a exposição evidencia o atabaque e a pluralidade de tambores e suas nações como fio condutor de reflexões acerca das práticas de silenciamento da cultura afro-brasileira.

O intuito é promover a discussão sobre as tensões existentes em torno da arte pública de matriz africana e afro-brasileira e as estratégias de produção de significados, tanto no campo de patrimônio material quanto no imaterial, expondo o racismo e intolerância religiosa na batalha de memórias, saberes e expressões que determinam aquilo que se deve ter memória e o que deve ser esquecido para a construção ou apagamento de identidade cultural de um povo.

Em seu texto de apresentação da exposição, Jéssica Martins destaca que o estado brasileiro perseguiu durante anos as manifestações culturais e religiosas de matrizes africanas. Entre os anos de 1920 e 1930, mesmo com a carta constitucional de 1891, que já estabelecia no país o estado laico e a liberdade de crenças e cultos, as religiões de matrizes africanas, principalmente a umbanda e o candomblé, eram consideradas práticas criminosas e diversos objetos ritualísticos e indumentárias, como velas, garrafas, animais empalhados, instrumentos como tambores, atabaques e ilús, foram apreendidos como “evidência de crime”.

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