O valor da cesta básica teve aumento em 14 das 17 capitais brasileiras analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Os dados se referem ao mês de março de 2025.
As maiores altas foram registradas nas capitais da Região Sul: Curitiba (3,61%), Florianópolis (3%) e Porto Alegre (2,85%). Apenas três capitais apresentaram redução no custo médio da cesta: Aracaju (-1,89%), Natal (-1,87%) e João Pessoa (-1,19%).
De acordo com o levantamento, o café foi um dos principais itens responsáveis pelas elevações de preços, com aumento em todas as capitais analisadas. Tomate e leite integral também contribuíram para o aumento do custo. Em contrapartida, o quilo da carne bovina de primeira apresentou queda em 15 das 17 cidades, com exceção de João Pessoa e Recife, onde houve estabilidade ou alta.
São Paulo manteve a posição de capital com a cesta básica mais cara do país, com custo médio de R$ 880,72. Em seguida, aparecem Rio de Janeiro (R$ 835,50), Florianópolis (R$ 831,92) e Porto Alegre (R$ 791,64).
Já os menores valores foram registrados em capitais das regiões Norte e Nordeste, onde há variação na composição dos produtos da cesta. Aracaju apresentou o menor custo (R$ 569,48), seguida por João Pessoa (R$ 626,89), Recife (R$ 627,14) e Salvador (R$ 633,58).
Com base no valor da cesta mais cara, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário em março de 2025 deveria ser de R$ 7.398,94, o equivalente a 4,87 vezes o salário mínimo em vigor, fixado em R$ 1.518,00. O cálculo leva em conta a previsão constitucional de que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.