Os contribuintes têm até o dia 30 de maio para enviar a declaração do Imposto de Renda 2025 à Receita Federal. A expectativa é que 46,2 milhões de pessoas prestem contas neste ano. Para evitar problemas, é fundamental reunir a documentação necessária e ter atenção ao preenchimento das informações, reduzindo o risco de cair na malha fina.
Documentos essenciais para a declaração
Mesmo com a modalidade pré-preenchida, disponível desde 2022, é necessário ter em mãos alguns documentos. Entre os principais estão:
• Pessoais: CPF do titular e dos dependentes, comprovante de endereço e dados bancários.
• Rendimentos: informes de salários, aposentadorias, aluguéis, aplicações financeiras, pensões e rendimentos de empresas.
• Bens: escritura de imóveis, documentos de veículos e saldos bancários.
• Saúde: recibos de despesas médicas, odontológicas, psicológicas, fisioterápicas e planos de saúde.
• Educação: comprovantes de pagamento de mensalidades escolares.
• Pensão alimentícia e previdência privada.
Como obter o informe de rendimentos
Os informes de rendimentos, que comprovam os ganhos de 2024, foram disponibilizados pelas empresas até 28 de fevereiro. Quem ainda não recebeu o documento deve procurar a fonte pagadora ou utilizar a declaração pré-preenchida, disponível a partir de 1º de abril.
Confira onde acessar o informe de rendimentos de acordo com sua categoria:
• Trabalhadores CLT: fornecido pela empresa via e-mail ou documento físico.
• Aposentados e pensionistas: disponível no site ou aplicativo do Meu INSS.
• Servidores públicos: acessível no sistema SouGov, na seção “Rendimentos e RPF”.
• Microempreendedor Individual (MEI): pelo portal Gov.br ou e-CAC.
• Autônomos: no sistema da Receita Federal, através do Carnê-Leão Web ou livro-caixa.
Declaração pré-preenchida ou tradicional: qual a melhor opção?
A declaração pré-preenchida pode acelerar o processo, pois já traz informações registradas na base de dados da Receita Federal. Além disso, quem utiliza esse modelo tem prioridade na restituição. No entanto, os dados precisam ser conferidos e complementados, caso necessário.
De acordo com especialistas, a melhor escolha depende do perfil do contribuinte. Quem tem um controle detalhado de suas finanças pode optar pelo modelo tradicional. Já quem possui muitas despesas pode se beneficiar da versão pré-preenchida, reduzindo o risco de erros.
Para utilizar essa opção, é necessário ter uma conta Gov.br com nível de segurança prata ou ouro e acessar o sistema para iniciar a declaração.
Como evitar erros e a malha fina
A malha fina acontece quando há divergências entre os dados informados pelo contribuinte e os registros da Receita Federal. Para evitar problemas, a recomendação é revisar todas as informações e reunir os documentos antes do preenchimento.
Veja alguns erros comuns:
1. Omissão de rendimentos, quando o contribuinte não declara todos os valores recebidos.
2. Falta de rendimentos dos dependentes, quando a renda de um dependente não é informada.
3. Inconsistências em despesas médicas, caso o profissional ou clínica não tenha informado o mesmo valor à Receita.
4. Inclusão de despesas médicas não dedutíveis, o que pode gerar pendências na análise.
Se houver alguma informação na declaração pré-preenchida que o contribuinte não possa comprovar, o ideal é removê-la. Da mesma forma, se houver despesas ou rendimentos que não constam automaticamente, é necessário incluí-los.
O acompanhamento do status da declaração pode ser feito pelo aplicativo da Receita Federal ou pelo portal e-CAC. Caso algum erro seja identificado, é possível retificar a declaração antes de qualquer penalização.