Professores, servidores e familiares de estudantes realizarão um protesto em defesa da educação pública nesta sexta-feira (23), em frente à Prefeitura Municipal de Rio Claro (SP). O ato, que inclui aulas públicas e plenárias, denuncia a falta de condições básicas nas escolas da rede municipal rio-clarense.
De acordo com a carta enviada às famílias, as escolas de Rio Claro enfrentam problemas recorrentes como falta de papel higiênico, produtos de limpeza e até mesmo itens essenciais para a alimentação escolar. A situação tem se agravado a ponto de as Associações de Pais e Mestres (APMs) precisarem utilizar seus recursos para garantir itens básicos de funcionamento, responsabilidade que deveria ser da Prefeitura Municipal de Rio Claro.
“O teto cai, a merenda some, o papel higiênico acaba, e quem está no poder finge que não é com eles. Nas escolas da periferia, a crise virou rotina: falta comida, falta estrutura, falta respeito”, afirma o manifesto divulgado pelos organizadores.
O protesto terá início às 9h com concentração em frente à Prefeitura de Rio Claro, na Rua 3. A programação da manhã inclui uma aula pública sobre “A precarização dos serviços públicos e a luta dos servidores”, ministrada pela professora Áurea Costa, da UNESP, às 9h30. Em seguida, às 10h15, Léo Alves, psicólogo e representante do Conselho Regional de Psicologia no Conselho Municipal de Saúde, abordará o tema “A violência sexual contra crianças e adolescentes e os protocolos de ação”. A manhã será encerrada com uma plenária aberta às 10h45.
As atividades serão retomadas às 15h, com abertura pelo Coletivo Servidores em Luta, seguida de uma discussão sobre “A luta por uma educação pública de qualidade para a classe trabalhadora”, com as professoras Flavia Bischain e Cris Banhol, do Coletivo Reviravolta na Educação. O tema da violência sexual contra crianças e adolescentes será novamente abordado às 16h, e o evento será encerrado com uma plenária final às 16h30.
Os organizadores do protesto em Rio Claro afirmam que “a crise das escolas públicas não é acidente. Ela é o resultado de um projeto que precariza tudo para depois dizer que a solução é privatizar”. A carta enviada às famílias reforça a necessidade de união da comunidade escolar: “Precisamos estar juntos, pais, responsáveis e profissionais da educação, para compreendermos o cenário atual, refletirmos sobre os caminhos possíveis e lutarmos, coletivamente, por uma educação pública mais justa, valorizada e respeitada”.