Dois projetos de escolas públicas de São Paulo foram anunciados nesta quarta-feira (16) como finalistas do prêmio Solve for Tomorrow, da Samsung. A iniciativa global incentiva soluções inovadoras para problemas reais, baseadas em ciência e tecnologia. Os projetos finalistas incluem um exoesqueleto de mão para reabilitação, criado em aulas de robótica, e uma tinta sustentável, desenvolvida a partir de isopor reciclado e óleos essenciais.
Os projetos vêm das Escolas Estaduais Professora Iraci Sartori Vieira da Silva, de Franco da Rocha, e Professor Sebastião de Oliveira Rocha, de São Carlos. Além de competir pelos três primeiros lugares, as equipes poderão ganhar o prêmio do júri popular, cuja votação começa em 21 de novembro.
Exoesqueleto para reabilitação motora
O projeto H.E.R (Hand Exoskeleton for Rehabilitation) foi criado por alunos de Franco da Rocha para ajudar na reabilitação de pessoas com dificuldades motoras nas mãos. Com design ergonômico e personalizável, o exoesqueleto busca facilitar o retorno de movimentos precisos e recuperar a força muscular.
O aluno Eduardo da Silva Pimentel explicou que a motivação do grupo veio do desejo de auxiliar pacientes em processos de reabilitação. O grupo foi orientado pelas professoras Elaine Ronconi e Andrea Rodrigues da Cunha.
Tinta sustentável de isopor reciclado
A Escola Estadual Professor Sebastião de Oliveira Rocha, de São Carlos, desenvolveu uma tinta sustentável feita com isopor dissolvido em óleo essencial de laranja e cravo. As pesquisas avançaram em 2024, quando as estudantes, em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFScar), adicionaram nanocargas de carbono, tornando a tinta condutiva. O grupo “InfoLadies” é formado por jovens cientistas que buscam alternativas sustentáveis para resíduos como o isopor.
A tinta criada pelo grupo é até 100 vezes mais barata do que as comerciais, com aplicações em blindagem e embalagens.
Incentivo à robótica nas escolas
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo investiu R$ 8,8 milhões em kits de robótica para escolas do Programa Ensino Integral (PEI). Segundo o secretário Renato Feder, o objetivo é promover o protagonismo estudantil e incentivar o pensamento computacional por meio de projetos práticos e colaborativos.
Os estudantes finalistas do Solve for Tomorrow receberão monitorias de especialistas e irão produzir vídeos explicativos de seus projetos, que serão usados para a votação popular.