Passagem da ISS
Neste domingo (19), dia do Índio, teremos uma linda passagem da ISS sobre o céu de Rio Claro (SP) e do Estado de SP. A partir das 18h02, horário de Brasília UTC -3, a Estação Espacial Internacional surgirá no mesmo lado do céu em que Vênus estará com seu incrível brilho, de magnitude -4,5, mais precisamente no azimute 317º.
Às 18h04, a ISS passará ao lado de Vênus. Para observar a Estação é só encontrar Vênus entre o ponto cardeal norte e oeste, torcer para o tempo colaborar, esperar dar 18:02 para ver ela surgindo no azimute 317º, verificando ela se deslocar na abóbada celeste em direção ao Crux e a constelação de Centauro. Depois da passagem da ISS, espere o céu escurecer mais, olhe para o lado sul, o lado onde a ISS se deslocou e sumiu no horizonte, localize a constelação do Crux, o Cruzeiro do Sul, ao lado tem duas estrelas muito brilhantes pertencentes a constelação de Centauro, essas estrelas são a Rigil Kentaurus (distante 4,3 anos-luz) e Hadar (distante 525,2 anos-luz), a alfa e a beta de Centauro.
Essas estrelas brilhantes se encontram dentro do pescoço da Ema, como se fossem dois ovos, ou sementes, sendo engolidos pela Ema. A cabeça da Ema é formada por uma grande mancha escura, a nebulosa escura Saco de Carvão, que fica ao lado do Crux, o Cruzeiro do Sul, a cauda da Ema e uma boa parte de seu corpo é formada pelas constelações de Escorpião, Ara e Lobo.
Quando a constelação da Ema aparece no céu, indica o início do inverno para os índios do sul do Brasil e o começo da estação seca para os do norte, o que procede na realidade. Vale a pena estudar essas constelações, tanto na cultura indígena como na cultura ocidental, no Programa Stellarium dá para visualizar as duas culturas e outras mais, é só configurar o programa.
Maiores estudos sobre astronomia, sobre observação do céu noturno e diurno, podem ser obtidos pelo livro “100 Fenômenos Astronômicos” em que o autor escreveu em 2019 e lançou agora em março de 2020. Veja o link para compra na bio do Instagram do autor @fabrizzio_montezzo.
Ótimas noites de observações a todos.
Por Fabrizzio Montezzo
