sexta-feira, 12 setembro, 2025
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Estudantes desenvolvem cadeira de rodas em 3D para cão que nasceu sem as patas dianteiras

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Um grupo de estudantes de Brasília desenvolveu uma cadeira de rodas feita em impressão 3D para auxiliar um cão que nasceu sem as patas dianteiras. O projeto foi elaborado por alunos de Medicina Veterinária e Engenharia da Computação do Centro Universitário de Brasília (CEUB) e resultou em uma solução de baixo custo e adaptada às necessidades do poodle chamado Bili.

Desenvolvimento do protótipo

A cadeira foi projetada a partir de escaneamento 3D e de um molde de gesso. Com base nessas informações, os estudantes criaram a modelagem digital em software e, posteriormente, realizaram a impressão das peças. A estrutura foi pensada de acordo com as medidas do animal, como altura, largura do tórax e comprimento.

Segundo o professor Carlos Alberto da Cruz Júnior, responsável pela orientação, o trabalho representa um avanço científico por unir tecnologia e bem-estar animal. “O projeto mostra como a pesquisa interdisciplinar pode gerar soluções acessíveis e de impacto social”, explicou.

Custo reduzido

O diferencial do equipamento é o preço. Enquanto uma cadeira de rodas comercial para cães pode ultrapassar R$ 1.200, o modelo produzido pelos estudantes custou R$ 448,81, cerca de 63% mais barato. A economia pode tornar a iniciativa viável para clínicas veterinárias e organizações que atuam no cuidado de animais em situação de vulnerabilidade.

Para o estudante de Engenharia da Computação Arthur Dornfeld, responsável pela modelagem das peças, a experiência trouxe aprendizado prático. “Foi a chance de transformar uma ideia em produto real, desde os testes até a aplicação”, afirmou.

Origem da ideia

O projeto surgiu a partir de uma iniciação científica conduzida pelas estudantes Beatriz Miranda e Sarah Mazetti. Com apoio do curso de Engenharia, os primeiros protótipos foram desenvolvidos e testados com o cão. Mesmo nos ajustes iniciais, Bili demonstrou rápida adaptação ao equipamento.

As partes rígidas da cadeira foram confeccionadas em plástico PLA, de origem biológica renovável, e as áreas em contato com o animal receberam material TPU flexível, utilizado em impressões 3D para oferecer maior conforto.

Adaptação e impacto

Em cerca de 50 horas de trabalho, a cadeira ficou pronta e o cachorro passou a se locomover com mais independência. “Mesmo nos primeiros testes, já foi possível perceber que ele se familiarizou rapidamente”, relatou Sarah.

A tutora de Bili, Bruna Melo, destacou a importância do equipamento na rotina do animal. “Ele ganhou qualidade de vida e mais autonomia. Só o fato de conseguir se locomover já é um avanço significativo”, disse.

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