sábado, junho 21, 2025
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Morre aos 97 anos o jornalista Cid Moreira, ícone da televisão brasileira

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Faleceu nesta quinta-feira (3), aos 97 anos, o jornalista, locutor e apresentador Cid Moreira, um dos nomes mais marcantes da história da televisão brasileira. Internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, Cid vinha tratando de uma pneumonia nas últimas semanas. Ele morreu por volta das 8h, vítima de insuficiência renal crônica.

Cid Moreira teve uma trajetória profissional de quase oito décadas, marcada principalmente pela sua atuação como apresentador do Jornal Nacional, telejornal que conduziu por mais de 26 anos, tornando-se um símbolo de credibilidade e da informação televisiva no país.

Carreira e legado

Nascido em 1927, em Taubaté, interior de São Paulo, Cid Moreira iniciou sua carreira no rádio em 1944, na Rádio Difusora de Taubaté, incentivado por amigos que reconheceram seu talento para locução. Com uma voz grave e distinta, rapidamente se destacou e passou por diversas emissoras, como a Rádio Bandeirantes, em São Paulo, e a Rádio Mayrink Veiga, no Rio de Janeiro.

Sua estreia na televisão aconteceu na década de 1950, quando começou a apresentar comerciais ao vivo em programas da TV Rio. No entanto, foi em 1963 que Cid deu os primeiros passos no jornalismo televisivo, ao integrar o time do Jornal de Vanguarda.

A chegada ao Jornal Nacional

Em 1969, Cid foi convidado a integrar a equipe do recém-lançado Jornal Nacional, o primeiro telejornal transmitido em rede nacional no Brasil. Ao lado de Hilton Gomes, ele fez parte da estreia do programa, que rapidamente se consolidaria como o principal noticiário do país.

Durante sua longa trajetória no JN, Cid Moreira ficou marcado por sua presença inconfundível na bancada e, especialmente, por seu emblemático “boa-noite”, que se tornou uma assinatura pessoal na televisão brasileira.

Além do Jornal Nacional, Cid também fez parte de outros programas de destaque, como o Fantástico, onde participou desde a estreia do programa, em 1973. Ele também ganhou notoriedade ao narrar o quadro de Mr. M, ilusionista que revelava segredos de truques de mágica, que se tornou um grande sucesso no final dos anos 1990.

Trabalho religioso e projetos paralelos

A partir da década de 1990, Cid Moreira se dedicou a um projeto pessoal que envolvia a narração de textos religiosos. Em 2011, ele concluiu a gravação da Bíblia na íntegra, trabalho que fez grande sucesso no mercado editorial e consolidou sua voz como uma referência também em gravações religiosas.

Em 2010, foi lançada sua biografia, intitulada “Boa Noite – Cid Moreira, a Grande Voz da Comunicação do Brasil”, escrita por sua esposa, Fátima Sampaio Moreira. Sua popularidade continuou até mesmo durante grandes eventos, como na Copa do Mundo de 2010, quando gravou a vinheta “Jabulaaani!” para a cobertura esportiva da Globo, adicionando um toque de humor à sua carreira.

Despedida

Até o momento, não foram divulgadas informações sobre o velório e o sepultamento de Cid Moreira. Sua morte marca o fim de uma era para o jornalismo brasileiro, mas seu legado perdura como uma das vozes mais icônicas e respeitadas da comunicação no Brasil.

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