Pequenas, discretas e quase onipresentes nos banheiros, as mosquinhas conhecidas como Psychoda sp. — ou mosca-de-banheiro — despertam curiosidade sobre sua presença e possíveis riscos à saúde. Especialistas do Instituto Butantan explicam que esses insetos são inofensivos e incapazes de transmitir doenças, ao contrário do mosquito-palha, vetor da leishmaniose.
A mosca-de-banheiro se alimenta de matéria orgânica em decomposição. Durante a fase larval, consome restos de pele e cabelo encontrados nos ralos, ajudando indiretamente na manutenção do ambiente. Quando adulta, se alimenta de resíduos de gordura corporal, geralmente encontrados no box do banheiro. O ciclo de vida completo, do ovo ao adulto, dura cerca de 15 dias.
Apesar de não representar risco à saúde em ambientes domésticos, a presença da mosquinha pode se tornar preocupante em locais que exigem esterilização rigorosa, como hospitais ou cozinhas industriais, já que pode transportar pequenas partículas de sujeira. Em caso de contato, recomenda-se lavar bem as mãos e evitar mucosas.
A Psychoda sp. mede de 1 a 5 milímetros na fase adulta, possui apenas um par de asas e corpo coberto por cerdas finas. A espécie é encontrada globalmente, exceto em regiões de frio extremo, e a família Psychodidae possui mais de 3.000 espécies, das quais 540 ocorrem no Brasil. Predadores naturais incluem aranhas papa-mosca e lagartixas domésticas.
A presença frequente das mosquinhas em casa indica a necessidade de atenção à higiene. Limpezas semanais e cuidados com ralos e superfícies úmidas ajudam a manter a população sob controle.
Em resumo, a mosca-de-banheiro é discreta, não transmite doenças e desempenha um papel curioso no ciclo de limpeza doméstica, embora sua presença possa incomodar em ambientes estéreis.
