terça-feira, 4 novembro, 2025
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Mulher intoxicada por metanol volta a enxergar parcialmente após tratamento em São Paulo

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A designer de interiores Radharani Domingos, de 43 anos, começou a recuperar parte da visão após ter sido intoxicada por metanol em uma bebida adulterada consumida em um bar localizado na região dos Jardins, em São Paulo. A paciente ficou 15 dias internada e chegou a entrar em coma antes de apresentar sinais de melhora.

O tratamento, conduzido por um neuro-oftalmologista, vem auxiliando na restauração parcial da capacidade visual, comprometida pela substância tóxica. O caso de Radharani faz parte de uma série de intoxicações registradas em diferentes estados brasileiros — 59 confirmações e 7 mortes até o dia 29 de outubro, segundo dados oficiais.

Recuperação gradual

Em entrevista à TV Globo, Radharani relatou que ainda enxerga de forma turva, mas consegue distinguir objetos e cores. “É uma visão escura, nebulosa, como se houvesse uma neblina. Mas percebo melhoras diárias. Já consigo diferenciar móveis e cores. Está melhorando aos poucos, e isso é um grande alívio”, contou.

Os médicos que acompanham o caso avaliam a evolução como lenta, porém positiva, já que intoxicações por metanol costumam causar sequelas irreversíveis, incluindo cegueira total e falência de órgãos.

Intoxicação grave

Exames laboratoriais apontaram que o corpo de Radharani apresentava 415,9 mg/l de metanol na urina — quatro vezes mais que o suficiente para causar coma profundo ou morte. De acordo com especialistas, concentrações acima de 100 mg/l já representam risco elevado de lesões cerebrais e falência múltipla de órgãos.

O metanol é um álcool de uso industrial, presente em solventes e produtos de limpeza. Quando ingerido, o fígado o transforma em compostos altamente tóxicos que afetam o sistema nervoso central e os rins, podendo levar à morte.

Cobrança por fiscalização e justiça

Mesmo com a recuperação parcial, Radharani afirma estar preocupada com a lentidão das investigações e cobra maior fiscalização de bares e restaurantes. “Não dá para sair, tomar uma caipirinha e quase morrer. Os estabelecimentos precisam ser responsabilizados e as autoridades têm que fiscalizar com rigor”, declarou.

O caso segue sob investigação. As autoridades buscam identificar a origem das bebidas adulteradas que provocaram as intoxicações e responsabilizar os envolvidos na distribuição e venda dos produtos contaminados.

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