Três das oito vítimas que morreram na queda de um balão em Praia Grande, no sul de Santa Catarina, foram encontradas abraçadas e carbonizadas ainda dentro do cesto da aeronave. A informação foi confirmada pelo delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, neste sábado (21).
O acidente deixou oito mortos e 13 sobreviventes. Entre os feridos, cinco seguem em observação hospitalar, segundo o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.
De acordo com o delegado, o piloto do balão relatou que, durante um princípio de incêndio no cesto, conseguiu descer até próximo ao solo, o que permitiu que 13 ocupantes saíssem da aeronave. No entanto, antes que os demais conseguissem desembarcar, o balão voltou a subir repentinamente. Algumas vítimas ainda tentaram pular para fugir das chamas, mas não resistiram aos ferimentos. Três pessoas permaneceram no cesto e morreram abraçadas.
O local onde o balão caiu, próximo a um posto de saúde em uma área rural de Praia Grande, permanece sob análise da perícia. A Polícia Civil apura se o incêndio teve origem em um maçarico utilizado no funcionamento do balão.
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, publicou nota oficial lamentando o acidente e informou que o governo estadual está prestando apoio às famílias das vítimas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também manifestou solidariedade e colocou o governo federal à disposição das autoridades locais.
A Confederação Brasileira de Balonismo (CBB) informou que colabora com as investigações, mas destacou que não tem competência para fiscalizar passeios turísticos. A entidade reiterou solidariedade às famílias e se colocou à disposição para auxiliar dentro de suas atribuições legais.
Praia Grande é um dos principais destinos turísticos do Brasil para passeios de balão devido à proximidade com os cânions dos parques nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral. A cidade vizinha, Torres (RS), é reconhecida como a capital brasileira do balonismo.
As investigações seguem para apurar as causas do acidente.