Um vídeo que mostra Emelie, uma jovem alemã de 19 anos com lesão medular, dando passos e até pulando com o auxílio de um traje muscular tecnológico, emocionou milhões de pessoas e viralizou nas redes sociais, acumulando mais de 20 milhões de visualizações no TikTok.
Emelie, que utiliza cadeira de rodas após sofrer uma lesão na medula espinhal (nível T11/T12), compartilhou sua jornada e a conquista de voltar a andar com o Exopulse Mollii Suit. O equipamento, que custa cerca de 9 mil euros (aproximadamente R$ 58 mil), foi adquirido pela jovem por meio de uma campanha de arrecadação online bem-sucedida.
O traje funciona com 58 eletrodos distribuídos pelo corpo, que emitem impulsos elétricos de baixa frequência para estimular músculos específicos. Essa tecnologia visa relaxar músculos rígidos e ativar os mais fracos, auxiliando no equilíbrio e na função muscular de pessoas com limitações motoras decorrentes de condições como lesões medulares, paralisia cerebral, esclerose múltipla ou sequelas de AVC. O Exopulse Mollii Suit é desenvolvido pela Remotion e comercializado pela Ottobock.
No vídeo que ganhou destaque, Emelie aparece se levantando da cadeira de rodas e caminhando com firmeza pelo quarto, finalizando com um sorriso. A cena gerou forte comoção e comentários de apoio de seguidores. “Não acredito. Isso é a coisa mais incrível que eu vi na internet hoje!”, comentou um usuário. Outro destacou a evolução da jovem: “Te acompanho e sua evolução tem sido incrível. Continue assim!”.
Apesar do avanço significativo proporcionado pelo traje, Emelie e especialistas ressaltam que o equipamento é um complemento aos tratamentos convencionais, como a fisioterapia, e não representa uma cura para a lesão. “É uma roupa com eletrodos combinada com estímulos elétricos […] Os eletrodos ativam músculos específicos, ajudando no movimento […] Isso melhora a postura, o controle muscular e estimula o cérebro a reaprender os movimentos”, explicou uma biomédica na postagem. A própria jovem reforça: “Sim, esse tipo de progresso é possível e não, eu não estou curada, ainda tenho a lesão”.
