Homens armados da gangue Gran Grif realizaram um massacre em Pont-Sondé, no Haiti, matando ao menos 70 pessoas, incluindo três bebês, na madrugada de quinta-feira (3), segundo o Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas. Outras 16 pessoas ficaram gravemente feridas, e os criminosos incendiaram 45 casas e 34 veículos, obrigando os moradores a fugirem de suas residências.
O porta-voz da ONU, Thameen Al-Kheetan, expressou horror com o ataque, que ocorreu no departamento de Artibonite, uma importante região agrícola do país. O primeiro-ministro haitiano, Garry Conille, condenou o ato, afirmando que a violência não é apenas contra as vítimas, mas contra toda a nação haitiana.
As forças de segurança do Haiti, com apoio internacional, estão reforçando as operações na tentativa de conter a violência. No entanto, o líder da gangue, Luckson Elan, sancionado pela ONU, culpou o Estado e os próprios moradores pelos ataques, em uma mensagem de áudio compartilhada nas redes sociais.
A violência em Artibonite agrava a crise humanitária no país, que já enfrenta fome generalizada e altos níveis de insegurança alimentar. Mais de 700 mil pessoas foram deslocadas internamente devido ao conflito, que, desde janeiro, já matou mais de 3.661 pessoas.
O governo brasileiro expressou solidariedade ao povo haitiano e se comprometeu a contribuir para que o país retome o caminho da paz e desenvolvimento.