domingo, 23 novembro, 2025
InícioJustiçaBolsonaro cita “paranoia” em audiência de custódia; prisão é mantida pela Justiça

Bolsonaro cita “paranoia” em audiência de custódia; prisão é mantida pela Justiça

FIQUE ATUALIZADO

📲 Siga nosso canal do WhatsApp, ative o "sininho" e receba informações em tempo real 📲( clique aqui)

A juíza Luciana Yuki Fugishita Sorrentino manteve neste domingo (23) a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, após audiência de custódia. A magistrada homologou o mandado e afirmou que não houve irregularidades na atuação dos policiais responsáveis pela detenção.

Durante a audiência, Bolsonaro admitiu ter mexido na tornozeleira eletrônica e declarou que passou por um episódio de “paranoia” entre sexta e sábado, causado, segundo ele, pela interação inadequada de dois medicamentos que utiliza: Pregabalina e Sertralina. O ex-presidente disse que não tinha intenção de fugir e que não rompeu a cinta do equipamento.

Bolsonaro afirmou que usou um ferro de solda para tentar alterar a tornozeleira, mas interrompeu a ação ao “recuperar a clareza mental”. Ele também relatou que comunicou o fato imediatamente aos agentes responsáveis pela custódia. Familiares que estavam em casa no momento não testemunharam a tentativa.

Sobre a vigília convocada por seu filho, senador Flávio Bolsonaro, o ex-presidente disse que o grupo fica a cerca de 700 metros de sua residência, sem risco de gerar tumulto que pudesse favorecer eventual fuga.

O Supremo Tribunal Federal determinou que a defesa se manifeste até as 16h30 deste domingo sobre a tentativa de violação da tornozeleira. Na segunda-feira (24), a Primeira Turma da Corte analisará a decisão que decretou a prisão preventiva, em sessão virtual convocada pelo ministro Flávio Dino.

Bolsonaro foi preso preventivamente no sábado (22), após decisão do ministro Alexandre de Moraes, que apontou risco de fuga. A tentativa de abrir a tornozeleira com solda ocorreu na véspera da prisão e gerou alerta para o órgão responsável pelo monitoramento.

A defesa também havia pedido prisão domiciliar humanitária, mas o pedido foi negado.

Condenado a 27 anos e três meses pela ação penal da trama golpista, Bolsonaro aguarda o julgamento dos últimos recursos. Caso sejam rejeitados, as penas deverão começar a ser executadas em regime fechado nas próximas semanas.

RELACIONADOS

CATEGORIAS

últimas notícias