A justiça manteve a prisão preventiva do vereador Dalberto Christofoletti, de Rio Claro (SP), após audiência de custódia realizada na manhã deste sábado (24). A prisão ocorreu nesta sexta-feira (23), durante a segunda fase da Operação Apropriação Cultural, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público de São Paulo (MPSP).
A operação investiga a suspeita de estruturação de uma organização criminosa que pode ter desviado pelo menos R$ 814.900,00 dos cofres públicos de Rio Claro. Segundo as apurações, o vereador, enquanto secretário de Cultura, teria liderado um esquema em que empresas registradas em nomes de terceiros eram contratadas pela pasta, e os valores recebidos seriam posteriormente repassados para contas do parlamentar.
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O Ministério Público aponta ainda que o vereador teria utilizado “laranjas” para continuar comandando a Secretaria de Cultura mesmo após deixar o cargo para concorrer à vereança. A movimentação financeira de Christofoletti é considerada incompatível com seus rendimentos declarados à Receita Federal.
Além da prisão preventiva do vereador, a justiça impôs medidas cautelares contra outras três pessoas investigadas, incluindo comparecimento mensal em juízo, proibição de se ausentar da comarca sem autorização e suspensão do exercício de função pública ou atividade econômica. Foi cumprido também um mandado de busca e apreensão na residência do vereador, e seu sigilo telemático foi quebrado por determinação judicial.
Na noite desta sexta-feira (23), após ser preso, o vereador solicitou atendimento médico alegando problemas cardíacos e respiratórios, mas recebeu alta hospitalar. A denúncia oferecida pelo Ministério Público acusa as quatro pessoas de envolvimento com peculato e organização criminosa.
O prefeito de Rio Claro será intimado para suspender imediatamente qualquer repasse financeiro às empresas ligadas aos denunciados e qualquer função pública exercida por eles.