A Universidade de Rio Claro, ao divulgar plano de retorno às aulas presenciais, causou divergências com o corpo discente, ao tornar obrigatório o ensino presencial a todos os estudantes, a partir dessa segunda (30).
Os estudantes de Direito, assim como de outros cursos, se manifestaram a favor do ensino híbrido, com a alegação de impossibilidade de controle de contágio, sobretudo com a variante Delta. A instituição, em contrapartida afirmou que seguiria com a obrigatoriedade do retorno 100% presencial.
Diversos alunos interpuseram ações na justiça, para assegurar a observação dos direitos reclamados.
A 3ª Vara Cível de Rio Claro determinou, em decisão liminar vanguardista, que a faculdade mantenha o ensino híbrido. Em sua determinação, a juíza Dra. Cyntia Andraus Carreta afirmou: “O retorno das aulas presenciais deve ser realizado com cautela, uma vez que, evidentemente, afeta não somente a vida e incolumidade física dos alunos e funcionários da instituição de ensino, mas também, das respectivas famílias da comunidade escolar. Há que se acautelar neste momento, ainda crítico, evitando-se permitir, ao menos em sede liminar, a frequência presencial da totalidade dos alunos e professores, para preservação da saúde e da vida da coletividade.
Diversas outras ações tramitam na justiça, aguardando decisão. Procurado pela reportagem, o Advogado de muitos dentre os alunos divergentes, Dr. Marcelo Diniz de Carvalho, afirmou: “Essas oscilações convulsivas que, num momento mandam parar tudo, arrebentar as engrenagens da máquina, enquanto noutros ordenam voltar de uma vez e imediatamente, sem planejamento adequado causando impactos na saúde da comunidade, enfim, são elas exatamente e num dado momento, que provocam o desequilíbrio e, com certeza demonstrada, são os responsáveis pela verdadeira elevação dos picos de transmissão do Coronavírus”
Um dos alunos idealizadores das ações, Nivaldo da Silva Junior afirmou: “Todos estão ansiosos para voltar ao normal, principalmente o curso de Direito que prima pelos debates presenciais, os quais são essenciais para uma formação mais completa, todavia, a sociedade ainda não foi completamente imunizada e a Universidade ainda carece de algumas adequações para volta definitiva!
Outras universidades, agiram com cautela e equilíbrio, ao manterem o sistema híbrido até o final do semestre, visando a preservação dos recursos humanos, o maior patrimônio de cada uma delas”.
