sábado, julho 26, 2025
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PGR pede ao STF prisão da deputada Carla Zambelli após saída do Brasil

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou nesta terça-feira (3) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). O pedido foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes após a parlamentar informar que deixou o país.

Em entrevista concedida a um canal no YouTube, Zambelli afirmou que viajou para a Europa para realizar um tratamento de saúde. Ela também declarou que deve pedir licença do mandato. A parlamentar não especificou o local exato onde pretende permanecer.

Zambelli foi condenada recentemente pelo STF a uma pena de 10 anos de prisão, além do pagamento de R$ 2 milhões por danos coletivos. A condenação se refere à invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023. O processo está em fase de recurso.

Segundo as investigações, a deputada teria sido a responsável intelectual pela ação que resultou na emissão de um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes. A invasão foi executada por Walter Delgatti, que também foi condenado e afirmou que agiu a mando da parlamentar.

Além desse caso, Zambelli responde a outro processo criminal no Supremo. Em agosto de 2023, ela se tornou ré pelo episódio em que sacou uma arma de fogo e perseguiu o jornalista Luan Araújo, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022. A perseguição ocorreu no bairro dos Jardins, em São Paulo.

Até o momento, seis ministros do STF votaram a favor da condenação de Zambelli a cinco anos e três meses de prisão em regime semiaberto. No entanto, o julgamento foi suspenso após um pedido de vista do ministro Nunes Marques.

Mais cedo, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara, protocolou uma representação na PGR pedindo a prisão preventiva da deputada. Ele também solicitou que o nome de Zambelli seja incluído no alerta vermelho da Interpol e que sejam iniciados os procedimentos de extradição.

O parlamentar ainda requereu o bloqueio dos bens da deputada e que o Ministério das Relações Exteriores seja acionado para revogar seu passaporte diplomático.

Após a informação de que a parlamentar havia deixado o país, o advogado Daniel Bialski anunciou sua saída da defesa. Ele afirmou que foi apenas comunicado da viagem para tratamento de saúde e que, por motivo de foro íntimo, deixou a atuação no caso.

O pedido da PGR e os desdobramentos sobre a localização da deputada agora aguardam análise do Supremo Tribunal Federal.

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