O presidente da Comissão Processante da Câmara Municipal, Diego Garcia Gonzalez (PSD), anunciou nesta terça-feira, 22/7, que as oitivas para ouvir os envolvidos na investigação que apura suposta quebra de decoro do vereador Dalberto Christofoletti (PSD), vão acontecer, em caráter irrevogável, nos dias 5 e 8 de agosto deste ano.
A medida anunciada pela CP tem como base o atestado médico protocolado por Dalberto Christofoletti, na secretaria da Câmara, na última segunda-feira, 21/7, por meio do qual confirmou seu afastamento por 14 dias para tratamento de saúde.
Presente na reunião, o autor da denúncia, vereador Rafael Andreeta (Republicanos), avaliou a posição de Dalberto como manobra para ganhar tempo e atrapalhar os trabalhos da comissão. E, completou: “Gostaria de saber por qual motivo a defesa do vereador acusado e todas as testemunhas intimadas para estarem aqui hoje, no Plenário, também faltaram. O Dalberto tem o poder de liberá-las?”, indagou Andreeta.
Diego Gonzalez informou que para que os trabalhos possam ocorrer dentro do prazo estabelecido por legislação vigente, 90 dias, a CP vai solicitar apoio à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Rio Claro). “Nos dias 5 e 8 de agosto, as reuniões vão acontecer independente da presença do vereador citado, Dalberto Christofoletti e das testemunhas. Todas as partes envolvidas serão novamente intimadas e tais documentos serão publicados no Diário Oficial do Município”, detalhou o presidente da comissão. “Vamos solicitar à OAB-RC que nos disponibilize um defensor de plantão para que os trabalhos possam ocorrer normalmente caso a defesa do vereador Dalberto novamente não esteja presente”, completou.
O relator da comissão, vereador Claudino Galego (Progressistas) e membro Elias Custódio (PSD) também estiveram no Plenário ao lado dos vereadores Hernani Leonhardt (MDB) e Moisés Marques (PL). Os trabalhos, dias 5 e 8 de agosto, também serão abertos ao público e transmitidos pela Câmara Rio Claro pelo canal oficial do Youtube.
Dalberto Christofoletti segue afastado de suas funções públicas por determinação judicial. O vereador foi preso no dia 23 de maio deste ano, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco, que investiga atos de corrupção que teriam ocorrido na Secretaria Municipal de Cultura. Encontra-se em liberdade aguardando os desdobramentos judiciais e no Legislativo.
