domingo, 5 outubro, 2025
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Governo de São Paulo reforça ações contra bebidas adulteradas após casos de intoxicação por metanol

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O Governo de São Paulo intensificou, desde a última semana, as operações policiais e sanitárias para combater a contaminação por metanol em bebidas alcoólicas adulteradas. De acordo com o balanço mais recente da Secretaria de Estado da Saúde, divulgado neste sábado (4), foram confirmados 14 casos de intoxicação e dois óbitos na capital paulista. Outros 148 casos seguem em investigação, incluindo sete mortes suspeitas.

A intoxicação por metanol é considerada grave, podendo causar cegueira permanente e morte. Diante da gravidade da situação, o governo estadual reforçou as ações conjuntas entre a Polícia Civil, Secretaria da Fazenda, Procon-SP e vigilâncias sanitárias municipais. Até o momento, 11 estabelecimentos foram interditados e milhares de garrafas suspeitas de adulteração foram apreendidas para análise laboratorial.

Prevenção e sintomas

A principal recomendação é evitar o consumo de bebidas destiladas de origem desconhecida. Segundo a coordenadora de Controle de Doenças da Secretaria da Saúde, Regiane de Paula, os sintomas de intoxicação por metanol são diferentes dos efeitos esperados do álcool comum. Entre os sinais de alerta estão dores abdominais intensas, tontura, sonolência excessiva, confusão mental e dor de cabeça forte.

O atendimento médico imediato é essencial. O socorro nas primeiras seis horas após o início dos sintomas pode evitar sequelas e reduzir o risco de morte.

Tratamento e estrutura de atendimento

O Estado mantém estoque do antídoto contra o metanol, o álcool etílico absoluto (etanol 99,9%), disponível em unidades de referência. A rede estadual possui 2,5 mil ampolas do medicamento e está preparada para realizar exames laboratoriais e atendimentos oftalmológicos. As análises para detecção da substância são realizadas pelo Laboratório de Toxicologia Analítica Forense (LATOF) da USP de Ribeirão Preto.

O perito Alexandre Learth, do Centro de Exames, Análises e Pesquisas (CEAP), explicou que as bebidas falsificadas apreendidas apresentam níveis de metanol muito acima dos permitidos. Segundo ele, a ingestão de 10 mililitros da substância pode causar lesões no nervo óptico, e 30 mililitros podem ser letais.

Canais de denúncia

O Procon-SP integra a força-tarefa do governo estadual e recebe denúncias sobre a fabricação e comercialização de bebidas adulteradas. Os canais de contato são:

As denúncias também podem ser feitas, de forma anônima, pelo Disque Denúncia 181 ou pelo site da Polícia Civil de São Paulo.

Gabinete de crise

Para coordenar as ações de enfrentamento, o Governo de São Paulo criou um gabinete de crise no último dia 30 de setembro, com participação das Secretarias da Saúde, Segurança Pública, Fazenda, Justiça, Desenvolvimento Econômico e Comunicação, além da Prefeitura de São Paulo. O grupo atua na interdição de estabelecimentos suspeitos e recolhimento de produtos para perícia.

O governo reforça que o consumo de bebidas de origem duvidosa representa risco grave à saúde e orienta a população a denunciar qualquer suspeita de adulteração para evitar novas contaminações.

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