sábado, 8 novembro, 2025
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Pesquisadores da UFABC desenvolvem composto com potencial para tratar Alzheimer

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Pesquisadores da Universidade Federal do ABC (UFABC) desenvolveram um novo composto químico com potencial para o tratamento da doença de Alzheimer. Os testes realizados em laboratório e em animais apresentaram resultados positivos, e o grupo agora busca parcerias com empresas farmacêuticas para iniciar os ensaios clínicos em humanos.

O estudo, apoiado pela Fapesp e publicado na revista ACS Chemical Neuroscience, aponta que o composto atua degradando as placas beta-amiloides — estruturas que se acumulam no cérebro de pessoas com Alzheimer e prejudicam a comunicação entre os neurônios.

O diferencial do composto é sua ação como quelante de cobre, ou seja, ele se liga ao metal presente em excesso nessas placas, promovendo sua degradação e reduzindo os sintomas da doença. Em testes com ratos, a substância melhorou a memória, o aprendizado e a noção espacial, além de reduzir inflamações e restaurar o equilíbrio do cobre no cérebro.

Segundo a coordenadora do estudo, professora Giselle Cerchiaro, o controle do cobre no organismo pode ser uma das chaves para o tratamento da doença. “A regulação da homeostase do cobre tem se tornado um dos focos no combate ao Alzheimer”, explica.

Das dez moléculas desenvolvidas pelo grupo, três foram testadas em animais, e uma delas se destacou pela eficácia e segurança. O composto também se mostrou não tóxico e foi capaz de atravessar a barreira hematoencefálica, agindo diretamente nas regiões cerebrais afetadas.

O trabalho resultou em pedido de patente e foi desenvolvido em colaboração com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

De acordo com Cerchiaro, o composto é simples, seguro e de baixo custo, o que pode facilitar o acesso ao tratamento no futuro. “Mesmo que funcione apenas para uma parte dos pacientes, já representaria um avanço imenso frente às opções atuais”, afirmou a pesquisadora.

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