domingo, 19 outubro, 2025
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Pesquisadores desenvolvem vacina experimental que elimina e previne diferentes tipos de câncer

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Cientistas da Universidade de Massachusetts Amherst (UMass Amherst), nos Estados Unidos, anunciaram o desenvolvimento de uma vacina experimental com potencial para combater diversos tipos de câncer, inclusive em estágios avançados. Os resultados do estudo, publicados na revista científica Cell Reports Medicine, mostraram alta eficácia em testes realizados com camundongos.

A nova tecnologia, descrita como uma “super vacina”, apresentou resultados positivos contra tumores de melanoma, pâncreas e mama. Além de eliminar as células cancerígenas, o imunizante impediu a disseminação da doença, o que pode representar um avanço significativo no tratamento oncológico.

Tecnologia baseada em nanopartículas

O imunizante foi criado com o uso de nanopartículas lipídicas projetadas para atuar como um “super adjuvante” — substância que potencializa a resposta do sistema imunológico. Esse mecanismo faz com que o corpo reconheça e combata as células tumorais de maneira mais eficiente.

A pesquisa foi conduzida pela professora Prabhani Atukorale, que já havia identificado o potencial das nanopartículas no combate a tumores em estudos anteriores. Nesta nova fase, os cientistas conseguiram aprimorar o método, ampliando sua capacidade de gerar uma resposta imune mais intensa e duradoura.

Durante os experimentos, a vacina estimulou a produção de células T específicas, responsáveis por identificar e destruir as células cancerígenas. Essa resposta imunológica foi apontada como o principal fator para o aumento da taxa de sobrevivência dos animais testados.

Resultados promissores em laboratório

Nos testes com camundongos, a eficácia da vacina chamou atenção dos pesquisadores. No caso do melanoma, 80% dos animais imunizados permaneceram livres de tumores durante 250 dias — período total do estudo. Em comparação, os que receberam vacinas convencionais ou não foram vacinados desenvolveram a doença e tiveram sobrevida média de 35 dias.

Em outros experimentos, 88% dos camundongos eliminaram completamente tumores de pâncreas, 75% venceram o câncer de mama e 69% destruíram tumores de melanoma. Nenhum dos animais vacinados apresentou metástase, segundo os pesquisadores.

A professora Atukorale destacou que o diferencial da tecnologia está na ativação coordenada de múltiplas vias imunológicas. “Ao projetar as nanopartículas para agir em conjunto com os antígenos do câncer, conseguimos prevenir o crescimento tumoral com taxas de sobrevivência elevadas”, explicou.

Próximos passos

Após os resultados positivos em animais, a equipe pretende avançar para a fase de testes clínicos em humanos. O objetivo é avaliar a segurança e a eficácia da vacina em diferentes tipos e estágios de câncer.

Se os resultados forem confirmados, o estudo pode abrir caminho para uma nova geração de vacinas voltadas não apenas ao tratamento, mas também à prevenção do câncer.

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