Evento foi realizado na sexta-feira na Unesp
O dia 20 Junho é o Dia Nacional de Conscientização sobre a Doença Falciforme e o assunto foi tema de encontro realizado pelo Comitê de Saúde da População Negra de Rio Claro. Na sexta-feira (27), profissionais de saúde do município estiveram no auditório do Instituto de Biologia da Unesp para reflexões clínicas sobre a doença falciforme.
O cuidado integral e contínuo às pessoas que vivem com a doença falciforme foi abordado pelo médico hematologista Hélio Lotério, especialista no atendimento ao paciente falcêmico. Sheila Ventura, assistente social e presidente da Associação Pró-Falcêmicos do Estado de São Paulo (APROFe), ministrou palestra sobre aplicação das terapias integrativas e adicionais, melhorando a qualidade de vida.
“Quanto mais informações o profissional de saúde tiver, melhor será sua atuação para diagnosticar e tratar quem sofre com a doença”, observa Fabiana de Almeida Mota, que coordena o Comitê Técnico de Saúde da População Negra, da Fundação Municipal de Saúde.
A doença falciforme é a doença genética e hereditária mais predominante no Brasil e no mundo. Por ser de origem africana, a doença falciforme é mais prevalente na população negra, sendo de alta relevância epidemiológica.
A doença falciforme é causada por um defeito na estrutura da hemoglobina que faz com que hemácias assumam forma de lua minguante, ao invés de manter o formato esférico, quando expostas a condições como febre alta, baixa tensão de oxigênio e infecções. O paciente apresenta anemia hemolítica, crises vaso-oclusivas, crises de dor, insuficiência renal progressiva, acidente vascular cerebral, maior susceptibilidade a infecções. Podem ocorrer alterações no desenvolvimento neurológico.