Pesquisadores da Unesp, em Bauru (SP), desenvolveram um novo protótipo de prótese de joelho para amputados que se mostrou tão eficiente quanto o modelo fornecido pelo SUS, com duas vantagens significativas: peso reduzido e custo mais acessível. O novo modelo pesa 740 g e pode custar cerca de R$ 2.500, quase 45% menos que a prótese atual, que pesa 890 g e custa R$ 4.600.
O dispositivo foi desenvolvido a partir de aço inoxidável e polipropileno, e conta com mola interna para ajuste de flexão/extensão e trava automática, reduzindo o esforço na marcha e a necessidade de manutenção. A pesquisa faz parte de um projeto de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais da universidade.
Nos primeiros testes clínicos, três voluntários amputados acima do joelho usaram a prótese por seis meses e relataram melhoras significativas em mobilidade e autonomia no dia a dia. A distância percorrida aumentou até 69%, e a capacidade de levantar e sentar também melhorou.
O próximo passo será a realização de um estudo com até 50 voluntários, em diferentes centros de reabilitação do interior paulista, para validar os resultados em uma população mais ampla. A equipe também planeja submeter o protótipo à aprovação da Anvisa e viabilizar a produção em série, com meta de inclusão no catálogo do SUS.
