segunda-feira, julho 14, 2025
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Ração contaminada provoca morte de 245 cavalos em quatro estados; empresa é investigada

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Pelo menos 245 cavalos morreram após consumir rações contaminadas da empresa Nutratta Nutrição Animal. As mortes foram registradas nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Alagoas, conforme apuração do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que investiga falhas no controle de matérias-primas utilizadas na fabricação dos produtos.

Segundo o Mapa, todos os animais que adoeceram ou morreram consumiram rações da empresa, enquanto aqueles que não ingeriram o alimento permaneceram saudáveis, mesmo estando nos mesmos ambientes. A constatação foi feita por meio de análises realizadas nos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA).

Os exames identificaram a presença de alcaloides pirrolizidínicos, em especial a monocrotalina — substância tóxica produzida por plantas do gênero crotalaria. De acordo com o Mapa, a presença dessa toxina é incompatível com a segurança alimentar animal e pode provocar sérios danos neurológicos e hepáticos, mesmo em quantidades mínimas.

“A legislação é clara: ela [a substância encontrada] não pode estar presente em nenhuma hipótese nas rações”, declarou Carlos Goulart, secretário de Defesa Agropecuária do ministério.

Diante da gravidade do caso, foi instaurado um processo administrativo fiscalizatório. O Mapa lavrou auto de infração e determinou a suspensão cautelar da fabricação e comercialização de rações para equídeos da Nutratta. Posteriormente, a suspensão foi estendida a rações para todas as espécies animais.

Apesar da interdição, a Nutratta obteve na Justiça autorização para retomar parte da produção destinada a outras espécies que não os equinos. O Ministério da Agricultura informou que já recorreu da decisão judicial, apresentando novas evidências técnicas que reforçam o risco sanitário e a necessidade de manter as medidas preventivas em vigor.

A pasta informou ainda que segue monitorando a situação e acompanhando o recolhimento dos lotes contaminados. A Nutratta Nutrição Animal foi procurada para comentar o caso, mas ainda não se manifestou.

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