Durante o mês de agosto, o Governo do Estado de São Paulo intensifica as ações de conscientização e combate à violência contra a mulher por meio da campanha Agosto Lilás. A iniciativa tem como objetivo ampliar o conhecimento sobre os diferentes tipos de violência doméstica, promover a prevenção e divulgar os mecanismos de denúncia e apoio disponíveis em todo o estado.
Atualmente, mulheres em situação de violência contam com uma ampla rede de acolhimento e proteção. São 142 Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs), sendo 18 com funcionamento 24 horas, além de 164 salas DDMs integradas a delegacias com plantão policial. Para facilitar o acesso à denúncia, também está disponível a DDM Online, que permite o registro de boletins de ocorrência e solicitação de medidas protetivas diretamente pela internet, a qualquer momento.
Além das DDMs, a Cabine Lilás, instalada dentro do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), oferece atendimento exclusivo a vítimas de violência doméstica. Desde seu início, o serviço já atendeu a quase nove mil mulheres na capital e no interior paulista. A equipe é formada por policiais militares femininas, treinadas especialmente para orientar e acolher mulheres em situação de vulnerabilidade.
Tipos de violência: como reconhecer os sinais
Segundo a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), existem cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher:
- Física: atos como espancamento, socos, empurrões, queimaduras e estrangulamento.
- Psicológica: ameaças, manipulação, controle excessivo, isolamento social e humilhações.
- Sexual: forçar relações sem consentimento, impedir o uso de contraceptivos ou impor atos sexuais indesejados.
- Patrimonial: retenção ou destruição de bens, documentos ou controle do dinheiro da vítima.
- Moral: ofensas verbais, difamação e calúnias que afetem a honra e reputação da mulher.
Especialistas alertam que, na maioria dos casos, a violência não começa de forma física, mas sim com comportamentos abusivos como insultos, humilhações ou controle da vida pessoal. “É essencial que a vítima reconheça os primeiros sinais e procure ajuda o quanto antes”, explica Gabriela Duo, delegada da 8ª DDM.
Onde e como buscar ajuda
As vítimas podem procurar atendimento presencial nas DDMs, utilizar a DDM Online ou ainda contar com o aplicativo SP Mulher Segura, disponível para Android e iOS. A plataforma integra diversos serviços de proteção, incluindo:
- Registro de boletim de ocorrência
- Solicitação de medidas protetivas
- Acionamento imediato da Polícia Militar
- Botão do pânico, disponível para vítimas que já possuem medida protetiva
- Monitoramento por georreferenciamento do agressor, caso ele esteja com tornozeleira eletrônica
Além disso, as chamadas feitas para o número 190, quando relacionadas à violência doméstica, são analisadas por uma triagem que direciona o atendimento. Se houver risco iminente, uma viatura é enviada ao local. Em outras situações, o contato é redirecionado para a equipe da Cabine Lilás, que fornece orientações detalhadas sobre os direitos da mulher e os próximos passos.
Movimento SP Por Todas
A campanha Agosto Lilás também é reforçada pelo movimento SP Por Todas, criado para promover políticas públicas voltadas à proteção, acolhimento e autonomia das mulheres. Entre as ações destacam-se a ampliação do número de salas DDM 24 horas, o lançamento do aplicativo SP Mulher Segura e iniciativas de qualificação profissional e independência financeira.
Mais informações estão disponíveis no portal oficial do movimento:
📱 Canais de denúncia e apoio
- Delegacia da Mulher Online: www.delegaciadamulher.sp.gov.br
- Aplicativo SP Mulher Segura: disponível para Android e iOS
- Telefone de emergência: 190 (Polícia Militar)
- Central de Atendimento à Mulher: 180
Denunciar é o primeiro passo para romper o ciclo da violência. Em casos de ameaça ou agressão, não hesite em buscar ajuda. A rede de proteção está pronta para acolher, orientar e garantir a segurança das vítimas.