quarta-feira, 12 novembro, 2025
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Polícia Civil investiga montagem de imagens íntimas de jovens com uso de inteligência artificial em Rio Claro

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A Polícia Civil de Rio Claro (SP) está investigando a divulgação de imagens adulteradas com uso de inteligência artificial (IA) que expõem mulheres e adolescentes da cidade em cenas de nudez falsas. De acordo com registros policiais feitos nesta terça-feira (11), três boletins de ocorrência foram formalizados após a circulação das fotos em redes sociais e grupos de mensagens.

Segundo as vítimas, as imagens foram manipuladas digitalmente com tecnologia de IA, sobrepondo os rostos delas em corpos nus. As montagens foram compartilhadas em aplicativos de mensagens e também publicadas em um site adulto internacional, de acesso público, voltado a conteúdos sexualmente explícitos.

Os casos vieram à tona após familiares das vítimas receberem alertas sobre a circulação das imagens. Em pelo menos duas das ocorrências, as jovens envolvidas são menores de idade. Todas as vítimas apresentaram prints e links do site onde o conteúdo foi hospedado e autorizaram formalmente o envio do material às autoridades para investigação e pedido de remoção.

Os boletins de ocorrência foram registrados como divulgação de imagens pornográficas falsificadas com o uso de inteligência artificial, o que configura crime previsto no Código Penal e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) quando envolve menores. As investigações seguem sob responsabilidade da Polícia Judiciária, que busca identificar os responsáveis pela produção e disseminação das montagens.

A prática de criar e compartilhar conteúdos íntimos falsos utilizando IA tem se tornado uma preocupação crescente entre especialistas em segurança digital e autoridades. Além de configurar crime, a exposição indevida pode causar danos psicológicos e sociais às vítimas, especialmente quando há o envolvimento de adolescentes.

As autoridades alertam que salvar, compartilhar ou repassar esse tipo de conteúdo também pode gerar responsabilização criminal. Qualquer pessoa que receba materiais semelhantes deve evitar a disseminação e comunicar imediatamente à polícia, registrando boletim de ocorrência e fornecendo os links ou prints para rastreamento da origem.

Casos desse tipo vêm sendo registrados em várias cidades do país, reforçando a necessidade de educação digital e conscientização sobre os riscos do uso indevido de ferramentas de inteligência artificial.

A população pode denunciar esse tipo de crime de forma anônima por meio do Disque 100, do Canal de Denúncias da SaferNet (www.safernet.org.br) ou diretamente em qualquer delegacia de polícia.

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