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Transexual é assassinada dentro de casa em SP

Uma transexual foi encontrada morta, nessa segunda-feira (27), dentro de sua casa em Francisco Morato, na Grande São Paulo. A Polícia Civil investiga o caso como assassinato e furto.

A principal suspeita é de que Natasha Ferreira Lobato pode ter sido morta e furtada por algum cliente. Ela tinha 30 anos de idade e era garota de programa.

A provável causa da morte teria sido politraumatismo causado por algum objeto pontiagudo. Seu corpo foi encontrado por amigos, que estranharam seu sumiço. Natasha estava morta, enrolada num cobertor, com diversas fraturas, principalmente no rosto e na cabeça.

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A investigação analisará imagens gravadas por câmeras de segurança para tentar identificar o assassino ou algum suspeito do crime. Fotos das filmagens obtidas pela reportagem mostram uma pessoa passando de moto pela rua da vítima à 0h48 de segunda. Depois, por volta das 5h, o mesmo veículo reaparece perto da sua residência.

“Quando eles chegaram no local que ela estava lá, eles viram meio bagunçado”, disse um amigo, que aceitou falar sem se identificar. “Vimos a gaveta revirada. De facas, coisas que não eram normais. Luzes acesas”.

O caso foi registrado como homicídio qualificado (por emprego de meio cruel) e furto. Segundo policiais, não havia sinais de arrombamento no imóvel. Ainda de acordo com a investigação, um celular e uma televisão foram furtados.

“Natasha era aluna e voluntária na nossa ONG”, disse Valéria Rodrigues, coordenadora do Instituto Nice, que acolhe e dá suporte a trans e travestis. “Ela sempre foi preocupada em ajudar as amigas”.

Segundo Valéria, que é travesti, muitas transexuais da região se prostituem para sobreviver porque há um preconceito no mercado de trabalho comum em aceita-las.

“Devido à pandemia de coronavírus e a escassez de clientes nas ruas e com motéis fechados, algumas trans optaram por receber clientes em suas casas”, disse a coordenadora do Nice. “Provavelmente o assassino de Natasha foi algum cliente dela”.

Última conversa entre Natasha Lobato e Valéria Rodrigues, da ONG Nice — Foto: Reprodução/Divugação

Fonte: Beto Ribeiro Repórter


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