Categorias

Twitter é acusado de racismo depois de algoritmo privilegiar pessoas brancas

Twitter
Unsplash/Yucel Moran

Twitter é acusado de racismo por usuários

A ferramenta de corte automático de fotos no Twitter gerou polêmica nesse final de semana. Usuários da rede social começaram a fazer testes e perceberam que o algoritmo parece favorecer pessoas brancas a pessoas negras.

A ferramenta de corte inteligente do Twitter foi lançada em 2018 e, na ocasião, a empresa disse que sua inteligência artificial foca nas partes “salientes” das imagens para realizar o corte. “Em geral, as pessoas tendem a prestar mais atenção a rostos, textos, animais, mas também a outros objetos e regiões de alto contraste”, definiu a rede social, sem entrar em muitos detalhes.

Publicidade

Desde então, muitas pessoas têm tentado descobrir o que o algoritmo destaca. Neste final de semana, várias delas perceberam que pessoas brancas são favorecidas. Em testes, os usuários começaram a publicar imagens com homens brancos e homens negros. Independente da ordem em que eles estavam na imagem original, o corte sempre focava no rosto do homem branco.

Em alguns testes, os internautas colocaram uma imagem vertical com um homem branco, um espaço e um homem negro. Na seguinte, com a ordem trocada. Em ambos os casos, o corte privilegiou o homem branco. Outros exemplos foram além: uma imagem com 11 rostos negros e um branco foi publicada, e o corte focou no único homem branco. Veja alguns exemplos abaixo (as imagens completas podem ser vistas clicando sobre o corte).

O que diz o Twitter

O Twitter ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas alguns de seus funcionários comentaram o tema na própria rede social. O CDO do Twitter, Dantley Davis disse estar incomodado com o que os usuários descobriram. “Estou tão irritado com isso quanto todo mundo. No entanto, estou em posição de consertar isso e irei”, tuitou.

“Isso é 100% nossa culpa. Ninguém deveria dizer o contrário. Agora, o próximo passo é corrigir isso”, disse em outra publicação. Dantley ainda afirmou que o caso está sendo investigado.

Liz Kelley, da comunicação do Twitter , também se pronunciou na rede social . “Testamos o preconceito antes de enviar o modelo e não encontramos evidências de preconceito racial ou de gênero em nossos testes, mas está claro que temos mais análises para fazer. Abriremos o código do nosso trabalho para que outros possam revisar e replicar”, afirmou.


Comentários: