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Empresário sofre ataques em série de mulher “inconformada”

Foto: Pexels

A ofensiva incluiu denúncias falsas de trabalho análogo a escravo, tentativas de abordagem a membros da família e até envio de fotos sensuais

Por: Mario Augusto

Em 2017, Lucas sofreu vários ataques de uma mulher que prestava serviços como entregadora de panfletos. O homem era gerente de pós-vendas de uma construtora em Campinas, no interior de São Paulo.

O único contato direto que o gerente manteve com a sua stalker foi exatamente no dia em que decidiu demiti-la.

Tudo porque, horas antes, o gerente havia sido alertado por um vizinho que uma das entregadoras de panfletos estaria extraviando material de divulgação dos empreendimentos, material gráfico que deveria ser entregue a possíveis clientes que paravam com os seus carros no semáforo.

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No local indicado pelo denunciante, Lucas encontrou três pacotes fechados de material de propaganda descartados como lixo em um terreno baldio. E a entregadora de panfletos responsável pela entrega naquele ponto era a mulher que mais tarde transformaria a vida do empresário numa verdadeira tormenta.

A promessa veio de bate-pronto no ato da demissão. “Já que você está me demitindo, vou transformar a sua vida num inferno”, ameaçou a jovem de 20 anos. Depois disso, processou a empresa e ganhou uma verba trabalhista.

Ataques em série

Mas o pior ainda estava por vir. A mulher irascível passou a fazer denúncias anônimas para o Ministério Público do Trabalho alertando sobre a existência de trabalho análogo a escravo e outras irregularidades que seriam praticadas pela construtora onde Lucas trabalhava. O empresário perdeu a conta de quantas batidas policiais e fiscalizações de surpresa aportaram na sede da empresa. Todas feitas pela mesma pessoa.

Empresário sofre ataques em série de mulher “inconformada”

Uma rejeição pode ser o gatilho para reações violentas de um stalker. (Foto: Pexels)

A mulher inconformada bombardeou o celular do ex-patrão com ligações e mensagens de todos os tipos, algumas até de conteúdo sensual para criar discórdia junto à esposa da vítima com quem estava casado há mais de quinze anos. Também tentou adicionar o filho do casal nas redes sociais.

No auge do estresse, Lucas contou tudo o que estava acontecendo para a esposa e afirmou, peremptoriamente, que nunca tinha se envolvido com aquela mulher. Após a conversa franca, ele rompeu o silêncio. Procurou a polícia e fez um boletim de ocorrência contra a mulher por ameaça e denunciação caluniosa (na época ainda não havia o tipo penal de stalking, do art. 147-A, do Código Penal, que hoje prevê pena de reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, além de multa).

A agressora foi ouvida pelos investigadores. No caso de Lucas, foi o remédio providencial para encerrar as perseguições indevidas. Uma ação penal foi instaurada. O caso tramitou em uma das varas do Juizado Especial Criminal de Campinas e, depois de alguns meses, acabou arquivado.

Síndrome da mulher de Potifar

O advogado da acusada alegou em juízo que a entregadora de panfletos era portadora da síndrome da mulher de Potifar, uma patologia que pode levar a mulher a forjar uma situação que não existe somente para incriminar o homem que a rejeitou ou de quem pretende vingar-se.

Costumeiramente, a criminologia associa a síndrome da mulher de Potifar a condutas de falsa acusação de crimes sexuais ou mesmo de violência doméstica.

A síndrome faz referência a uma narrativa bíblica. O general Potifar, um dos homens de confiança do Faraó, ordenou a prisão de José do Egito, depois que a esposa do militar acusou o escravo de tentar estuprá-la.

Empresário sofre ataques em série de mulher “inconformada”

Após recusar-se a ir pra cama com a mulher do general Potifar, José do Egito foi acusado de estupro. (Reprodução/Internet)

Na verdade, Neferíades, a mulher de Potifar, estava perdidamente atraída por José e queria manter relações sexuais com ele. O criado foi assediado pela mulher e a rejeitou. José alegou que não podia trair a confiança do seu patrão.

Movida pela vingança, Neferíades rasgou as roupas de José e começou a gritar, chamando a atenção dos criados. A mulher afirmava que José a tinha estuprado. Assim que Potifar chegou em casa, a esposa maledicente sustentou a mentira, ordenando que José foi preso.

Vítima recomenda reação em caso de falsa denúncia

“Até hoje não sei se o intuito dela era provocar em mim uma reação violenta, de agressão, para que ela tivesse um motivo legítimo para me incriminar”, avalia hoje o empresário.

O homem de temperamento tranquilo, que suportou os ataques pacientemente, mas reagiu no momento mais crítico, recomenda a mesma atitude para outras pessoas que passam pelo mesmo problema.

“A melhor conduta nesses casos é se explicar e exercer o seu direito de defesa. Representar contra a falsa vítima. Essa pessoa movimentou toda a máquina do estado e o aparato policial para propalar uma série de mentiras. Se eu não fizesse alguma coisa, viraria refém dessa manipulação”, finaliza o empresário.

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