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EUA aprovam nova droga para tratamento do Alzheimer

Foto: FreePik

O medicamento apresentou resultado satisfatório para pacientes com deficiência cognitiva leve

Por: Júlia Castello

A FDA – Food and Drug Administration, a agência dos Estados Unidos que trata de alimentos e remédios, aprovou uma nova droga para o tratamento de pacientes com a doença de Alzheimer. A medida faz parte do projeto “Aprovação Acelerada”, que tem como objetivo conceder aprovação especial para medicamentos que tratam de doenças graves, como o Alzheimer.

O novo remédio é composto pela droga Leqembi, que tem como alvo a causa principal da doença, que é a quantidade da placa beta amilóide. No último estudo sobre o composto ficou comprovado que os pacientes com Alzheimer que tomaram Leqembi tiveram “uma redução estatisticamente significativa na placa amilóide cerebral”. A pesquisa acompanhou 856 pacientes com doença de Alzheimer durante 79 semanas.

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Novo medicamento pode diminuir as causas da doença, ao invés de apenas melhorar os sintomas. (Foto: FreePik)

“Esta opção de tratamento é a terapia mais recente para atingir e afetar o processo subjacente da doença de Alzheimer, em vez de tratar apenas os sintomas da doença”, afirmou o diretor do Escritório de Neurociência do Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos da FDA, Billy Dunn, em um comunicado à imprensa.

Grande passo

Atualmente, a droga completou a Fase 3 dos testes, mostrando tratamento satisfatório para pacientes com deficiência cognitiva leve ou estágio de demência leve da doença. Ainda não há resultados de estudos para pacientes que lidam com Alzheimer de início precoce ou com estágios avançados da doença.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 55 milhões de pessoas no mundo possuem algum tipo de demência, sendo a mais comum a doença de Alzheimer. Nos Estados Unidos, estima-se que 6,5 milhões de norte-americanos possuem a doença. Já no Brasil, o Ministério da Saúde indica que 100 mil novos casos de Alzheimer são diagnosticados por ano no país, possuindo em 2022, 1,2 milhão de brasileiros portadores da doença.

Só no Brasil, 100 mil novos casos de Alzheimer são diagnosticados por ano. (Foto: FreePik)

Ainda um longo caminho

Apesar de atingir um número elevado de pessoas em todo o mundo, o Alzheimer ainda é um desafio para a medicina. Ainda não se sabe exatamente o que causa a doença. Hoje, pesquisadores identificam que as placas beta-amilóides geram bloqueios no cérebro que levam a interrupções na comunicação entre os neurônios. Este efeito causa confusão ao portador e declínio cognitivo.

“A doença de Alzheimer incapacita imensamente a vida daqueles que a sofrem e têm efeitos devastadores em seus entes queridos”, pontuou o diretor Billy Dunn comemorando a aprovação do novo tratamento.

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