Categorias

Sai La Niña e entra El Niño. Tendência é a temperatura subir em todo o mundo

Nos últimos 3 anos, o planeta passou por sucessivos períodos de La Niña. No Brasil, o fenômeno provocou chuvas fortes em algumas áreas e seca em outra

Por: Lucas Saba

Ano passado foi o quinto mais quente na história da Europa e 2023 será ainda mais, de acordo com os pesquisadores da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica – NOAA. O fenômeno climático La Niña, que provoca chuvas em algumas regiões e seca em outras, está perto do fim. Com a saída do La Niña é a vez do El Niño entrar em ação. O fenômeno é responsável pelo aquecimento das águas da superfície no Pacífico. Isso libera mais calor na atmosfera, criando um ar mais úmido e quente.

Crédito: NOAA

O El Niño e La Niña são movimentos opostos, mas ambos alteram significativamente os padrões climáticos em todo o mundo. Nos últimos anos, o planeta passou por sucessivos períodos de La Niña, que reduziram as temperaturas e trouxeram fortes chuvas especialmente para o Canadá e a Austrália. No Brasil, esse fenômeno provoca chuvas fortes no Norte e Nordeste e seca no Sul, enquanto o El Niño traz muita chuva na região Sul e seca no Nordeste.

Publicidade

Os ventos soprando ao longo do Equador acima do Oceano Pacífico – da América do Sul no leste em direção à Ásia no oeste – foram mais fortes do que o normal. Esses “ventos alísios” acumularam água quente na costa da Ásia, elevando o nível da superfície do mar. No leste, perto das Américas, a água fria subia à superfície. Durante o El Niño acontece o oposto – ventos alísios mais fracos significam que a água quente se espalha de volta para as Américas e menos água fria sobe para a superfície.

Crédito: NOAA

Fenômenos climáticos 

Historicamente as temperaturas globais aumentam cerca de 0,2°C durante um episódio de El Niño e caem cerca de 0,2°C durante o La Niña. El Niño espalha a água mais quente ficando mais próxima da superfície. Isso libera mais calor na atmosfera, criando um ar mais úmido e quente. O ano mais quente já registrado, 2016, foi um ano de El Niño.

Entre 2020 e 2022, o Hemisfério Norte teve três episódios consecutivos de La Niña. Um aumento de temperatura de 0,2°C acrescentaria em cerca de 20% o aumento de temperatura global devido às mudanças climáticas. As variações de temperatura extrema causada ​​pelo El Niño e La Niña afetam os sistemas de infraestrutura, alimentação e energia em todo o mundo.

A designação El Niño foi dada por pescadores peruanos, já que o fenômeno foi detectado pela primeira vez na época do Natal. Daí a referência ao Menino Jesus.

Siga nosso Instagram – https://www.instagram.com/gruporioclarosp

Inscreva-se no nosso YouTube – https://youtube.com/c/GrupoRioClaroSP

#clima #tempo #noticias #gruporioclaro #gruporioclarosp


Comentários: