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Derrubada de balões agrava crise diplomática entre EUA e China

Agora já são quatro os objetos voadores não identificados abatidos pela Força Aérea dos EUA. China reage.

Por: Mario Augusto

No fim de semana mais três objetos voadores não identificados foram abatidos pelas forças militares dos EUA. Neste domingo (12/02) jatos da força aérea abateram uma estrutura octogonal não tripulada, de grande altitude, que sobrevoava o Lago Huron, em Michigan. Agora, são quatro os objetos derrubados.

No sábado (11/02), depois de conversar com o premiê canadense Justin Trudeau, o presidente Joe Biden autorizou uma operação conjunta para derrubar outro objeto voador não identificado em Yukon, no noroeste do Canadá, a cerca de 160 km da fronteira entre os dois países.

Na sexta-feira (10/02), caças americanos derrubaram um objeto aéreo não tripulado que sobrevoava a Base Conjunta Elmendorf–Richardson, no Alasca, a uma altitude de 40.000 pés (cerca de 12,2 km). O balão foi identificado pelo Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (Norad) no dia anterior. Na ocasião, o secretário de imprensa do Pentágono, Patrick Ryder, disse que o objeto – do tamanho de um carro pequeno – representava uma “ameaça razoável à segurança da aviação civil”.

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Explosão de balões agrava crise diplomática entre EUA e China

Wang Yi, da China, com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken. Viagem cancelada. (Foto: Ministério das Relações Exteriores da China)

Mas a primeira intervenção aconteceu no dia 4 de fevereiro quando caças F-22 abateram um balão de vigilância suspeito na costa da Carolina do Sul. O objeto voador ficou à deriva por vários dias sobre o espaço aéreo americano antes de ser abatido. Autoridades norte-americanas disseram que o balão pertencia à China e estaria monitorando locais sensíveis nos EUA.

Embate diplomático

Após a derrubada do primeiro balão chinês, o Ministério das Relações Exteriores da China desaprovou a ação dos EUA, afirmando que o objeto não representava nenhum risco civil ou militar aos americanos.

Mas o estrago já estava feito. O Pentágono se manifestou afirmando que o balão de origem chinesa violou o espaço aéreo dos Estados Unidos e a lei internacional, o que é “inaceitável”, dizia o comunicado à imprensa.

Por causa do incidente diplomático, o secretário de Estado Antony Blinken cancelou uma viagem que faria a Pequim. Falando por telefone com o diretor do Escritório Central de Relações Exteriores da China, Wang Yi, Blinken disse que o país asiático foi “irresponsável” e que o episódio era uma “clara violação da soberania dos EUA e do direito internacional”.

A resposta da China

Em uma coletiva de imprensa o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse que os disparos de mísseis avançados dos EUA ​​para derrubar objetos voadores não identificados “foi uma reação exagerada e de força excessiva”.

Além disso, o diplomata alegou que os EUA já fizeram muitas violações do espaço aéreo chinês. “Também não é incomum que os EUA entrem ilegalmente no espaço aéreo de outros países”, disse o porta-voz. “Desde o ano passado, balões dos EUA voaram ilegalmente sobre a China mais de 10 vezes sem qualquer aprovação das autoridades chinesas”, afirmou Wenbin.

Sobre essas supostas violações americanas, Wang Wenbin disse que Pequim sempre respondeu às incursões de maneira “responsável e profissional” e que esperava o mesmo dos Estados Unidos.

Entretanto, o porta-voz do governo chinês não revelou mais detalhes sobre as ocorrências. “Se você quiser saber mais sobre os balões de alta altitude dos EUA entrando ilegalmente no espaço aéreo da China, sugiro que consulte o lado dos EUA”, disse ele.

“A primeira coisa que o lado dos EUA deve fazer é começar do zero, passar por alguma autorreflexão, em vez de difamar e acusar a China”, acrescentou.

Até o momento, a Casa Branca não se manifestou sobre as alegações feitas pela China de que teria invadido o espaço aéreo chinês no ano passado.

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