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Falta de diesel S10 em postos da Rodovia Anhanguera provoca fila em Araras

Os postos de combustíveis de todo o Brasil estão sentindo a falta de diesel S10. Pelas estradas do país, diversos caminhoneiros ficaram por horas – e muitos ainda estão – aguardando a chegada do combustível para seguir a viagem de trabalho. Houveram relatos de motoristas sem diesel no interior de São Paulo, Minas Gerais, pelo menos outros 10 Estados e no Distrito Federal.

Um motorista registrou na tarde de terça-feira, dia 15 de agosto, filas enormes às margens nos dois sentidos da Rodovia Anhanguera (SP-330), em Araras (SP), por conta da falta de óleo diesel nos postos.

O que parece ser uma falta de diesel, é na verdade, uma séria restrição na oferta de diesel gerada pelos preços dos combustíveis praticados no Brasil, que estão mais baixos que os do mercado internacional, o que desincentiva a importação.

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Após a mudança na política de preços da Petrobrás, o valor do diesel se manteve em queda desde o começo do ano. Porém, a companhia anunciou nesta semana, um novo reajuste, que no caso do diesel S10 teve um aumento de R$ 0,78- litro; para S500 foi de R$ 0,70 e para a gasolina R$ 0,37. Nesse cenário de maior custos, os motoristas também estão encontrando também o prejuízo de ficar parado, já que alguns relatam que ficaram até 3 dias parados até conseguirem abastecer.

A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Sindipostos e outros órgãos, questionaram a Petrobrás sobre o risco da falta de diesel e sobre sobre defasagem nos preços dos combustíveis em relação ao mercado internacional. A diferença entre o diesel vendido no Brasil e no exterior já chega a R$ 1,29 por litro.

A ANP, por exemplo, entrou em contato com distribuidoras e redes de postos para questionar sobre o risco de desabastecimento de óleo diesel. Segundo a Associação, o aumento anunciado pela Petrobrás gera uma diferença expressiva no valor final para o consumidor e o impacto do aumento do diesel causa uma reação em cadeia na economia. Mesmo com o reajuste, a entidade alerta que pode haver uma restrição temporária, mas não há previsão de falta do produto.

Segundo nota, a ANP informa que “as dificuldades para aquisição de diesel refletem as elevadas defasagens no preço interno do combustível em relação às cotações internacionais do petróleo, que reduzem o apetite por importações e levam distribuidoras a priorizar o fornecimento às suas próprias redes de postos”. De acordo com a ANP, no mês de maio, 27,5% do diesel vendido nos postos brasileiros tinha origem importada.

Ainda que a Petrobras não seja a única fornecedora de diesel no país, ela é a maior responsável pelo fornecimento dele por aqui, com uma fatia de mercado superior a 70%. Por isso, sua política de preços afeta os preços e abastecimento nacional de combustíveis no país. Em meados de maio, a estatal anunciou que estava deixando a paridade de preços de importação (PPI) – o que barateou os combustíveis na ponta, mas os encareceu no caso dos importadores.

O presidente da Abicon, Sérgio Araújo, atribuiu a falta de diesel à nova política de preços da Petrobras. Em um comunicado, a associação mostrou que há uma distorção nos preços praticados hoje pela Petrobras, uma vez que o Brasil precisa deste produto vindo de importação, pois não é autossuficiente em diesel e gasolina.

Ainda não há previsão de restabelecimento total do diesel S10 nos 42 mil revendedores ou postos de combustíveis espalhados pelo país, porém, tanto a ANP,como a Abicom acreditam que a situação se normalize após as mudanças realizadas pela Petrobrás entrem em vigor. Até o momento, caminhoneiros de todo brasil se encontram com dificuldade para abastecer, inclusive em postos de grande circulação, como no Posto BR que paramos em Embu das Artes, São Paulo. (Com informações Beto Ribeiro Repórter)

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