A venda de álcool líquido com percentual igual ou superior a 54 GL será proibida novamente a partir do dia 29 de abril. Essa medida, adotada desde 2002, visa prevenir acidentes graves, como o que Pedro Ernesto Martinez, aos 17 anos, enfrentou durante um churrasco familiar.

“Tudo aconteceu muito rápido. Foram 10 ou 15 segundos que mudaram minha vida”, relembra Pedro Ernesto, que sofreu queimaduras sérias após o álcool que estava sendo utilizado para acender o carvão explodir, espalhando o fogo por todos os lados.

Os acidentes com álcool líquido são frequentes no país, causando milhares de vítimas anualmente. Porém, em 2020, durante a pandemia de COVID-19, a proibição temporária da venda foi suspensa devido à sua importância na higienização.

O prazo final para a comercialização de álcool líquido foi estabelecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o dia 29 de abril. Após essa data, o produto estará disponível apenas em outras formas físicas, como gel, lenço impregnado e aerossol.

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) criticou a proibição, argumentando que o álcool líquido é eficaz na sanitização e na prevenção de doenças, incluindo a COVID-19. Porém, Pedro Ernesto e outras vítimas defendem a medida, destacando a gravidade dos acidentes e os danos irreversíveis causados pelo manuseio imprudente do produto.

Pedro Ernesto, hoje bartender, encontrou força para superar o trauma e encarar a vida de maneira mais positiva após o acidente. “Foi uma experiência muito ruim, mas me trouxe muitos aprendizados sobre como encarar a vida”, compartilha Pedro, destacando sua resiliência e crescimento pessoal após o incidente.

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