Considerada uma das principais chuvas de meteoros dos próximos anos, a Líridas já está ativa e alcançará o pico de atividade neste domingo (21) e segunda-feira (22). A boa notícia é que será possível observá-las a olho nu.

Há relatos desses meteoros há mais de 2,7 mil anos pelos chineses. Eles surgem quando a Terra atravessa a nuvem de detritos deixada pelo Cometa C/1861 G1 – Thatcher, resultando em uma verdadeira chuva de estrelas cadentes no céu.

Para testemunhar esse espetáculo, basta estar em um lugar com tempo bom e pouca poluição luminosa, olhando para o horizonte norte entre 3h e 4h da madrugada.

Como será no Brasil?

No Brasil, as luzes das Líridas são um pouco mais limitadas, com uma média de 7 a 15 meteoros por hora em locais escuros, afastados das luzes urbanas. No entanto, segundo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia, mesmo assim é uma excelente oportunidade para os observadores de meteoros.

Zurita destaca que esse é um espetáculo democrático, que não exige equipamentos sofisticados, apenas disposição para dedicar algumas horas de sono e contemplar os meteoros atravessando a atmosfera terrestre.

Constelação de Lira

Todos os meteoros de uma mesma chuva atingem a atmosfera paralelamente, seguindo aproximadamente a mesma órbita do cometa ou asteroide que os originou. No caso das Líridas, a radiante fica na Constelação de Lira, dando nome a essa chuva.

No Hemisfério Norte, essa chuva pode apresentar até 18 meteoros por hora. No Brasil, quanto mais ao norte, maior a chance de observar os meteoros.

Saber a localização importa?

Embora reconhecer a localização ajude a distinguir os Líridas de outras chuvas que podem ocorrer na mesma noite, os meteoros podem aparecer em todas as partes do céu. Aplicativos de observação, como Stellarium, Star Walk, Star Chart, Sky Safari ou SkyView, podem auxiliar na localização da constelação.

O que são meteoros

Meteoros são pequenos fragmentos de rochas espaciais que entram na atmosfera terrestre em alta velocidade. Quando esses fragmentos entram em contato com a atmosfera, o ar à frente deles é comprimido e aquecido rapidamente, formando uma bolha de plasma que brilha intensamente por um curto período. Esse brilho fugaz é o que conhecemos como “estrela cadente” ou meteoro. Esses fenômenos são comuns e podem ser observados em todas as noites, mas em certos períodos do ano, como as Líridas, a Terra atravessa regiões do espaço com uma maior concentração de detritos cósmicos, resultando em chuvas de meteoros.

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