A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) iniciou os procedimentos para apurar as causas e a situação legal do balão que pegou fogo e caiu na manhã deste sábado (21), em Praia Grande, no sul de Santa Catarina. O acidente deixou oito mortos e 13 sobreviventes.
O governo estadual decretou luto oficial de três dias em memória das vítimas. Segundo a Polícia Civil, o incêndio começou ainda em voo, levando o piloto a realizar uma tentativa de pouso. Treze pessoas conseguiram desembarcar antes que o balão voltasse a subir, de forma involuntária. As demais vítimas acabaram morrendo devido às chamas ou ao impacto da queda.
“Infelizmente, três vítimas foram encontradas carbonizadas e abraçadas dentro do cesto”, relatou o delegado-geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o balão pegando fogo no ar e passageiros saltando na tentativa de escapar.
O local da queda permanece isolado para trabalho pericial. A principal hipótese investigada é de que o incêndio tenha sido provocado por um maçarico utilizado para aquecer o ar no interior da aeronave.
Vítimas identificadas
As oito vítimas fatais foram identificadas como:
- Leandro Luzzi
- Leane Elizabeth Herrmann
- Leise Herrmann Parizotto
- Everaldo da Rocha
- Janaina Moreira Soares da Rocha
- Fabio Luiz Izycki
- Juliane Jacinta Sawicki
- Andrei Gabriel de Melo
Entre os 13 sobreviventes estão o piloto e outros 12 passageiros, sendo eles:
- Elvis de Bem Crescêncio (piloto)
- Leciane Herrmann Parizotto
- Thayse Elaine Broedbeck Batista
- Marcel Cunha Batista
- Claudia Abreu
- Rodrigo de Abreu
- Victor Hugo Mondini Correa
- Laís Campos Paes
- Tassiane Francine Alvarenga
- Sabrina Patrício de Souza
- Fernando da Silva Veronezi
- Leonardo Soares Rocha
- Luana da Rocha
Cinco dessas pessoas permanecem internadas em observação, segundo o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.
Autoridades acompanham o caso
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, manifestou solidariedade aos familiares das vítimas e garantiu o apoio do governo estadual. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também divulgou nota oficial lamentando o ocorrido e colocando o governo federal à disposição.
A Confederação Brasileira de Balonismo (CBB) também se pronunciou, lamentando o acidente e destacando que a entidade não possui competência legal para fiscalizar atividades turísticas de balonismo. “Nos colocamos à disposição das autoridades para colaborar dentro dos limites de nossa atuação”, informou a confederação.
Tradição em balonismo
Praia Grande, onde ocorreu a tragédia, é uma das principais regiões turísticas para passeios de balão no Brasil, devido à proximidade dos cânions dos parques nacionais de Aparados da Serra e Serra Geral. A cidade vizinha de Torres (RS) é reconhecida nacionalmente como capital brasileira do balonismo.
As investigações continuam, sob responsabilidade da Polícia Civil, com acompanhamento da Anac e demais órgãos competentes.