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Como classificar palavras-chave na interpretação de texto

Muitos candidatos, quando se deparam com um texto durante a prova, procuram assinalar o maior número de informações que acham relevantes. Eles acabam se perdendo ao classificar todas as informações como tendo o mesmo valor. O objetivo desse artigo é mostrar qual a importância de extrair apenas palavras-chave.

Nossa língua é baseada em valores hierárquicos que nem todos conhecem. O substantivo pode ser considerado o termo mais importante do português na medida em que concentra a informação substancial mais importante de qualquer exposição. Sempre será através de palavras de valor substantivo que uma ideia será apresentada em um texto e em suas partes integrantes de organização – os parágrafos.

Como classificar palavras-chave

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Ao ler um texto presente em uma prova de concurso, na maioria das vezes uma crônica, um artigo ou um fragmento dissertativo, o concurseiro deve procurar sempre a palavra que marca a ideia principal de cada parágrafo. Mesmo que ache uma expressão significativa, poderá perceber que há uma palavra que se destaca como referência do argumento principal ali abordado. Essa palavra é que chamamos de palavra-chave. Em torno dela é que se desenvolve toda a argumentação, por isso, marcá-la em cada parágrafo permitirá que o leitor visualize também as informações hierarquicamente ligadas a ela.

Identificar a palavra-chave é fácil. Após fazer a leitura do primeiro parágrafo, o candidato poderá fazer a seguinte pergunta: “sobre o que se fala nessa passagem?” Assim perceberá que sua atenção o direcionará a um ponto específico de tal fragmento.

Para concentrar a informação e facilitar a compreensão do texto, uma segunda pergunta poderá ser feita: “o que se fala sobre a palavra-chave?” Com isso poderá anotar a ideia que gira em torno dela e que representa uma espécie de síntese daquele parágrafo.

Esse segundo momento da avaliação das informações chamamos de ideia-chave. Ao final da leitura do texto, o concurseiro terá um panorama visual eficiente que permitirá rapidamente identificar qualquer questionamento que seja feito pela banca examinadora, mesmo que a questão seja feita sobre um argumento hierarquicamente secundário.

Assim, a leitura se torna mais dirigida, mais concentrada, além de dinamizar a identificação de qualquer ponto abordado com maior rapidez. Vale a pena sim se servir de tal ferramenta para alcançar maior excelência em questões de interpretação de textos.

*Nelson Sartori é professor da LFG de Português (gramática, interpretação de textos, redação discursiva, redação jurídica e redação oficial), com larga experiência na área de concursos públicos. É formado em Letras e pós-graduado em Metodologia de Ensino Superior e Professional Coach. Também é autor da parte de redação discursiva e de redação oficial dos livros Vade Mecum para Concursos Públicos e Vade Mecum Polícia.

 

 Conteúdo editado pela LFG, referência nacional em cursos preparatórios para concursos públicos e Exames da OAB, além de oferecer cursos de pós-graduação jurídica e MBA.


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