Canteiros de obras são ambientes propícios para potenciais criadouros do mosquito da dengue.

Dados do Ministério da Saúde apontam que 20% dos focos de dengue do Brasil estão nos canteiros de obras. Em razão disso a prefeitura de Rio Claro está intensificando as vistorias em canteiros de obras para identificar e eliminar potenciais focos do mosquito transmissor da dengue. Esse trabalho do Centro de Controle de Zoonoses inclui atenção especial às obras, que agora estão sendo cadastradas em novo padrão de monitoramento. No mês de julho, sete obras consideradas de risco para focos do Aedes aegypti foram identificadas, e outras três em agosto.

Essas visitações já vinham sendo feitas durante as ações casa a casa e em mutirões, mas agora, seguindo determinação da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), os dados relativos a canteiros de obras passam a ser computados em separado e incluídos no aplicativo de monitoramento Sisaweb, da Sucen. Os números são apresentados mensalmente na reunião do Comitê de Antropozoonoses, realizada toda última quinta-feira de cada mês.

A preocupação da Sucen com obras vai ao encontro de ações que já vinham sendo tomadas pelo setor de saúde de Rio Claro, como o trabalho educativo feito pelo CCZ com trabalhadores nas visitações a obras pela cidade.

De acordo com o Seconci – Serviço Social da Construção de SP, os canteiros de obras são propícios para o surgimento do mosquito transmissor do Aedes aegypti e de doenças como zika vírus e chicungunya. Carrinhos de mão, betoneiras, lajes, tonéis e fossos de elevador são espaços que podem armazenar água parada e devem estar no radar dos trabalhadores.