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Doar órgãos é mais do que um gesto de amor. É dar continuidade à vida.


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Ano após ano, o Brasil vinha aumentando o número de doações de órgãos e
tecidos e, por consequência, de transplantes, tanto que o país possui o maior e
mais bem-sucedido sistema público de transplantes de órgãos do mundo. A
pandemia de coronavírus, no entanto, transformou essa realidade. Todos os
tipos de transplantes apresentaram queda desde março deste ano e isso trouxe
um triste resultado: a fila de espera por um órgão ou tecido aumentou
consideravelmente.

O objetivo do esforço do Ministério da Saúde é simples, ainda que um desafio:
aumentar o número de doadores. Tudo começa com uma decisão individual:
saber se você deseja ser um doador de órgãos e tecidos. É possível ser um
doador em vida, em casos específicos. Podem ser doados um dos rins, parte
do pulmão ou do fígado e medula óssea. Parentes até 4º grau podem doar
livremente. Outras pessoas, excetuando-se quando o caso for de medula
óssea, necessitam de autorização judicial.

Fundamentalmente, no entanto, a doação de órgãos e tecidos acontece
quando há morte encefálica. E aí a decisão é coletiva, pois a legislação
brasileira passa a responsabilidade para autorizar a doação para as famílias.
Por isso, é muito importante ter uma conversa franca com os familiares caso
você deseje ser um doador ou doadora de órgãos e tecidos. É a sua família
que fará a sua vontade ser respeitada.

Vale destacar que uma doação pode salvar até oito pessoas. Isso mesmo: oito
vidas! Afinal, um mesmo doador pode doar coração, córneas, pulmão, intestino,
pâncreas, rins, pele, tendões, ossos etc.

Como funciona?
A família não pode escolher para quem doar. Há uma fila de espera que é
abastecida por um sistema rápido e sigiloso que obedece aos seguintes
critérios: compatibilidade entre doador e receptor, gravidade do quadro e
tempo de espera em lista do receptor.

Quando a doação é autorizada pela família, é a Central Estadual de
Transplantes que gera a lista de receptores compatíveis. Se não existirem
receptores compatíveis ou o Estado não realizar a modalidade de transplante
do órgão doado, a distribuição passa para a Central Nacional de Transplantes,
que leva o órgão até o próximo da fila nacional.

Por que doar?

Porque é um ato de amor e solidariedade sem igual. Porque, como vimos, um
único doador pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas e suas famílias.
Porque existem mais de 46 mil pessoas na fila de espera aguardando por uma
doação libertadora que os fará voltar a fazer as coisas mais simples da vida.
Resumindo: porque a vida precisa continuar.
A vida precisa continuar. Doe órgãos. Converse com a sua família.

Fonte: IG SAÚDE


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