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Pesquisadora diz que não teve acesso a plano de vacinação do Ministério da Saúde


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Eduardo Pazuello, ministro da Saúde
Foto: Luciano Belford/Agencia O Dia

Eduardo Pazuello, ministro da Saúde

Uma professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) afirmou no sábado, em sua conta no Twitter, que o governo federal colocou o seu nome entre os elaboradores do  Plano Nacional de Vacinação sem que ela tivesse acesso ao documento.

Ethel Maciel, epidemiologista e ativista dos direitos humanos, escreveu nas redes sociais: “Nós, pesquisadores que estamos assessorando o governo no Plano Nacional de Vacinação da Covid-19, acabamos de saber pela imprensa que o governo enviou um plano, no qual constam nossos nomes e nós não vimos o documento. Algo que nos meus 25 anos de pesquisadora nunca tinha vivido!”.

O governo federal entregou esta tarde seu plano de vacinação ao STF. Segundo o documento, 51,4 milhões de pessoas podem ser imunização contra a Covid-19 no primeiro semestre de 2021. O texto, porém, não apresenta uma data para o início do trabalho.

O documento confirma a manutenção dos grupos prioritários informados durante a semana pela pasta, mas não apresenta uma data para o início da vacinação dos integrantes desses grupos, que incluem profissionais de saúde e idosos, entre outros.

O plano menciona que o Brasil já tem acordos para a aquisição de 100,4 milhões de doses do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford, AstraZeneca e a Fiocruz a serem entregues até julho de 2021, além de mais 30 milhões de doses no segundo semestre. Também é informada a aquisição de 42,5 milhões de doses por meio da iniciativa Covax Facility. E ainda está na conta, como “em negociação”, 70 milhões da Pfizer.

A primeira fase contemplará trabalhadores de saúde, idosos acima de 75 anos, idosos com mais de 60 anos que estejam em asilos e população indígena. Esse público é estimado em 14 milhões de pessoas.

Na segunda fase estão pessoas de 60 a 74 anos, que somariam 21,3 milhões. A terceira é voltada a pessoas com comorbidades, uma população estimada em 12,6 milhões. A quarta fase contempla professores, trabalhadores de forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional, público de 3,3 milhões.

No plano, o governo conta que para atender a essa população precisa de 108,3 milhões de unidades de imunizante, levando em conta a aplicação em duas doses e o cálculo de vacinas que acabam sendo desperdiçadas no processo.

O plano traz como contraindicação a aplicação do imunizante em menores de 18 anos de idade, bem como em gestantes, além de pessoas que tenham reação alérgica a qualquer componente da vacina.

Uma solução tecnológica está em desenvolvimento pelo Datasus em busca de controlar e monitorar o grupo que será vacinado. A ideia é que seja disponibilizado um QR-Code para quem integra o público-alvo no aplicativo Conecte SUS para fazer a identificação, mas o documento ressalta que não se deixará de vacinar quem não tiver este código.

Fonte: IG SAÚDE


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